O ministro da Economia, Paulo GuedesDivulgação
Guedes defende gestão do Orçamento 'desobrigada, desindexada e desvinculada'
Ao mesmo tempo em que enfatizou o aprendizado obtido com a gestão do orçamento de guerra, o ministro disse que o governo não conseguiu escapar do engessamento orçamentário
Brasília - O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar, nesta segunda-feira, 4, sobre a importância de haver flexibilidade para os gestores decidirem sobre a destinação de recursos e também da reunião de poderes em relação a esse trabalho. "A essência da política é a destinação dos recursos públicos", disse durante abertura da 1ª Semana Orçamentária do Tribunal de Contas da União (TCU) realizado de forma online e que debate as normas constitucionais e legais sobre Orçamento público.
Ao mesmo tempo em que enfatizou o aprendizado obtido com a gestão do orçamento de guerra, o ministro disse que o governo não conseguiu escapar do engessamento orçamentário. "Somos prisioneiros de um Orçamento público que está 96% carimbado. Não conseguimos escapar dessa herança do período de hiperinflação", considerou.
Para Guedes, um governo apenas será independente quando a gestão do Orçamento for "desobrigada, desindexada e desvinculada". "Essa é a essência da política", repetiu. "É preciso ter alianças para as melhores políticas para os recursos públicos. Há frustração quando há apenas 4% de despesas livres", comentou.
Ao mesmo tempo, de acordo com o ministro, empoçamentos, que são quantidades de recursos carimbados para devidos fins e que não são usados por não serem necessários naquele momento, "ocorrem com muita frequência".
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.