Paulo Guedes, ministro da EconomiaDivulgação
A defesa do ministro, porém, afirma que os documentos que serão protocolados "deixam claro que o ministro, desde dezembro de 2018, se afastou da sua gestão, não tendo qualquer participação ou interferência nas decisões de investimento da companhia". Os advogados afirmam que também comprovarão a inexistência de qualquer remessa ou retirada de valores desde que o ministro assumiu o cargo, em 1º de janeiro de 2019.
Segundo a defesa, Guedes "jamais se beneficiou no âmbito privado de qualquer política econômica brasileira".
"Reitera-se que toda a documentação e informação pessoal do ministro foi enviada à Comissão de Ética Pública e demais órgãos competentes, no início do mandato, os quais jamais viram qualquer conflito com o exercício do cargo", diz a nota.
Os advogados também classificaram as reportagens de "ilações", reafirmaram que os investimentos são "legais e declarados" e veem na divulgação das informações o "objetivo de criar um factoide político".
Parlamentares se articulam para cobrar explicações. Hoje, a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara aprovou a convocação de Guedes para explicar suas movimentações financeiras no exterior. Por ser convocação, o ministro terá de comparecer à audiência, que ainda terá a data definida. A ausência sem justificativa seria crime de responsabilidade.
No Senado, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) quer ouvir tanto Guedes quanto Campos Neto. Neste caso, porém, foi aprovado apenas um convite aos dois, o que permite às autoridades recusar a participação na audiência. Se confirmarem, eles serão questionados pelos senadores da comissão no dia 19 de outubro.
"O ministro sempre se colocou à disposição das autoridades públicas e do Congresso Nacional no exercício de sua função pública e permanece à disposição", disse a defesa de Guedes.
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