Via DutraDivulgação/ANTT

São Paulo - O grupo CCR venceu o leilão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Ministério da Infraestrutura (Minfra) e vai continuar com a concessão da Rodovia Presidente Dutra (BR-116) com a Rio-Santos (BR-101/RJ/SP). A empresa já administrava o trecho, mas o contrato de concessão atual da Dutra venceu em fevereiro deste ano e havia sido prorrogado por um ano. A licitação foi realizada na modalidade leilão, com critério de julgamento pela maior oferta de outorga, combinado com o critério da menor tarifa de pedágio. O certame foi realizado nesta sexta-feira (29), na B3, na cidade de São Paulo.
A CCR ofereceu outorga de R$1,76 bilhão e desconto máximo na tarifa de pedágio no valor de 15,31%. A concessão abrange 625,8 quilômetros de extensão e prevê o investimento de R$14,83 bilhões (Capex), custos operacionais (Opex) de R$10,9 bilhões e geração de 218,743 mil empregos. O leilão teve apenas dois concorrentes e o grupo Ecorodovias ofereceu desconto de 10,60%.
"É uma concessão que vai trazer desenvolvimento para o Brasil, não somente para a região de São Paulo e Rio de Janeiro. Será transformadora para a logística do país, bem como para o usuário da rodovia. O cidadão vai ganhar”, afirmou o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale.
A Via Dutra conecta as duas maiores regiões metropolitanas do país, tanto em Produto Interno Bruto (PIB) quanto em população, concentrando mais de R$1,3 trilhão de PIB, que representa 28% do PIB nacional, aproximadamente, e mais de 34 milhões de habitantes, o equivalente a cerca de 17% da população nacional em ambas. Além de ter um importante papel de ligar as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, tem especial relevância ainda por ser a principal via de acesso às capitais para as cidades adjacentes a esse eixo.
Na nova concessão, foi acrescentada a Rio-Santos (BR-101/RJ/SP), com característica predominantemente turística, que liga os municípios da região litorânea do Rio de Janeiro e de São Paulo, com movimentação essencialmente de veículos leves. A cidade colonial de Paraty, no Rio, considerada Patrimônio Histórico Nacional, está incluída no trajeto, para aprimorar o acesso à movimentada região. Além do interesse turístico da rodovia, há relevância de segurança nacional, por abrigar as usinas nucleares do complexo de Angra dos Reis.
Concessão
O projeto consiste na proposta de concessão da infraestrutura e da prestação do serviço público de recuperação, conservação, manutenção, operação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade do sistema rodoviário da Via Dutra e Rio-Santos, pelo prazo de 30 anos, prorrogável por até cinco, com o objetivo de garantir a segurança e fluidez do tráfego. Confira os trechos que fazem parte da concessão.
Rodovia BR-116/RJ – (Extensão: 124,9 km): Entroncamento com a BR-465, no município de Seropédica (RJ) até Divisa dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo;
Rodovia BR-116/SP – (Extensão: 230,6 km): Divisa dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo até Entroncamento da BR-381/SP-015 (Marginal Tietê), em São Paulo (SP);
Rodovia BR-101/RJ – (Extensão: 218,2 km): Entroncamento com a BR-465, no município do Rio de Janeiro (bairro Campo Grande, RJ) até Divisa dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo;
Rodovia BR-101/SP – (Extensão: 52,1 km): Divisa dos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo até Praia Grande, Ubatuba (SP).