Materia especial, mercado Cadeg.Marcos Porto/Agencia O Dia
Ao contrário de 2021, no próximo ano, o Dia do Trabalhador e o Natal serão celebrados em domingos – dia não útil para o comércio. Além disso, o Dia da Confraternização Universal (1º de janeiro) cairá em um sábado – dia de expediente reduzido no varejo. Em 2021, excetuando-se o Dia do Trabalhador e o Natal (ambos celebrados em sábados), todos os demais feriados nacionais ocorreram em dias úteis para o comércio, impactando a rentabilidade do setor. Portanto, com sete feriados nacionais em dias úteis, os prejuízos em 2022 serão menores que aqueles decorrentes dos nove feriados em dias úteis ocorridos em 2021.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, lembra que há dois lados da situação. “Apesar de favorecer atividades econômicas específicas, como as turísticas por exemplo, para boa parte dos demais setores da economia a maior incidência de feriados em dias úteis tende a gerar prejuízos, por conta da queda no nível de atividade ou pela elevação dos custos de operação”, afirma Tadros.
Ainda de acordo com a pesquisa, os ramos de atividade em que a relação entre folha de pagamento e faturamento se mostra mais elevada tendem a sofrer os maiores impactos. A estimativa é que, juntos, os segmentos de hiper e supermercados (R$ 3,33 bilhões); de vestuário e calçados (R$ 2,83 bilhões) e o comércio automotivo (R$ 2,63 bilhões), que concentram 55% das folhas de pagamento do comércio varejista brasileiro, respondam por mais da metade (51%) das perdas.
O economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, destaca a maneira como isso comprime as margens de operação do varejo. “Por mais que as vendas possam ser parcialmente compensadas nos dias imediatamente anteriores ou posteriores, o peso relativamente elevado da folha de pagamento na atividade comercial é a principal fonte dos prejuízos impostos pelos feriados”, informa o economista.
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