Lula aposta suas fichas em planos que envolvem mudanças na reforma trabalhista e de uma política de renda distributivaDivulgação

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o teto de gastos e a defender uma reforma trabalhista que seja adaptada à realidade do mercado de trabalho atual. Em entrevista coletiva para youtubers e membros da mídia independente, o petista declarou que o teto, instituído pelo governo de Michel Temer (MDB) como uma âncora fiscal no País, "foi feito para garantir que os banqueiros tivessem o deles no final do ano".
"Nós não aceitamos a lei do teto de gastos. Essa coisa do teto de gastos, ela foi feita para garantir que os banqueiros tivessem o deles no final do ano. E nós queremos garantir que o povo terá o seu todo dia, todo mês e todo ano. Fazer política social não é gasto, fazer política social é investimento", disse o petista, ao declarar que a saúde terá "um capítulo especial" na sua gestão.
Lula também voltou a defender uma reforma trabalhista que seja adaptada à realidade atual do mundo do trabalho, sem retornar aos anos 40. "A gente quer uma mudança na estrutura patrão e empregado em que seja levado em conta os direitos que a sociedade brasileira tem que ter", disse. O ex-presidente declarou, mais uma vez, a necessidade de criar uma mesa de negociação entre empresários, trabalhadores, governo e universidades para discutir sobre direitos trabalhistas.
Lula falou, ainda, sobre a necessidade de implantar no país uma política econômica distributiva e de transferência de renda. "É preciso que o povo tenha recursos. Na hora que o povo tem recursos, temos capacidade de produzir, temos tecnologia, temos agricultura familiar altamente produtiva", declarou aos jornalistas.