Governo federal prevê a arrecadação de mais de R$ 30 bilhões com o lançamento de ações da Eletrobras no mercadoReprodução

Brasília - A Eletrobras entregou nesta sexta-feira, 27, toda a documentação exigida para o avanço do processo de privatização da companhia. Dado esse passo, foi oficialmente lançada a oferta da ação pelo valor de R$ 44, protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A expectativa do governo federal movimentar até R$ 35,291 bilhões, incluindo um lote suplementar. 
No prospecto divulgado, a empresa alerta investidores sobre os riscos da operação, como 'obrigações financeiras de Furnas e da companhia'. Em outras palavras, seria a exigência do cumprimento do aporte bilionário que a subsidiária da companhia deve realizar na Santo Antônio Energia.
Embora seja uma empresa de capital aberto, a Eletrobras tem o governo federal como acionista majoritário, assim como acontece na Petrobras.  A operação lançada nesta sexta envolve uma oferta primária (ações novas) e secundária (ações já existentes) de ações ordinárias (ações com direito a voto). Vale destacar que ela é realizada simultaneamente no Brasil e no exterior. A expectativa é que, após a operação, a União fique com uma fatia de 45% do capital votante, abrindo assim mão do controle, que hoje é de cerca de 72% das ações com direito a voto.

Uso do FGTS
No prospecto, a Eletrobras confirmou a abertura da possibilidade para os brasileiros usarem recursos do  Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para investir na empresa. Com o processo de desestatização da empresa em curso, trabalhadores de qualquer setor poderão utilizar até 50% do fundo para comprar ações da empresa, por meio do Fundo Mútuo de Privatização, já usado na Vale e na Petrobras.