Segundo a Abia, conter a alta dos custos de produção do leite é um dos desafios do setor em 2022Reprodução de Internet
Custos de produção pressionam o preço do leite, alerta pesquisa
Estudo da Associação Brasileira de Alimentos (Abia) aponta alta de 21,8% no período de um ano
No mercado interno, os preços do leite permanecem pressionados pelos altos custos de produção. De maio a junho, a variação foi de 5,3%, alcançando R$ 21.441 por tonelada — oscilação anual de 21,8%. Os dados foram apurados pela pesquisa conjuntural mensal da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA). Levando-se em consideração o Índice de Preços de Laticínios da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a média foi de 149,8 pontos em junho, aumento de 5,9 pontos em relação a maio (+4,1%) e de 29,9 sobre junho do ano passado (+24,9%).
De acordo com o órgão, apesar do crescimento, os preços mundiais de todos os produtos lácteos caíram, com destaque para o leite em pó. Isso ocorreu devido aos interesses de compra mais baixos por conta do contínuo bloqueio na China, apesar do persistente aperto na oferta global.
“No mercado internacional, os preços de leite em pó apresentam perspectiva de retomada, após as quedas observadas recentemente, na medida em que a restrição à circulação de pessoas na China vem se tornando menos abrangente em termos geográficos. O desafio para 2022 continua sendo o gerenciamento dos preços e dos altos custos de produção”, pondera João Dornellas, presidente executivo da Abia.
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