Índice atingiu 100,3 pontos CNI/José Paulo Lacerda

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 0,8 ponto em agosto, após queda de 1,7 ponto em julho, informou nesta segunda-feira, 29, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice atingiu 100,3 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), por sua vez, recuou 0,1 ponto porcentual, a 82,2%.

O avanço do ICI em agosto foi puxado tanto pela avaliação do presente quanto pelas perspectivas para o setor. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,4 ponto, para 102,8 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) cresceu 0,3 pontos, para 97,9 pontos No mês, houve alta da confiança em 9 dos 19 segmentos industriais monitorados pelo levantamento.

Nas aberturas do ISA, o indicador que mede o nível dos estoques recuou 2,9 pontos em agosto, para 96,7 pontos, mantendo os estoques em nível neutro. Os indicadores que medem a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios e o grau de satisfação das empresas com o nível de demanda subiram, respectivamente, 0,6 ponto e 0,4 ponto, para 101,7 pontos e 103,2 pontos.

Entre os componentes do IE, a tendência dos negócios para os seis meses seguintes subiu 3,0 pontos, para 96,9 pontos — ainda em patamar baixo em níveis históricos.

O otimismo com a evolução da produção física nos três meses seguintes recuou 3,0 pontos, para 92,1 pontos — o pior desempenho desde março de 2022 (90,3 pontos) —. Já as expectativas de emprego nos três meses seguintes caminharam no sentido positivo pelo quinto mês consecutivo, com alta de 0,7 ponto, para 104,6 pontos — o melhor resultado desde outubro de 2021 (108,1 pontos).

"A melhora do ambiente de negócios no mês foi possivelmente influenciada pela descompressão de custos com a queda de preços de combustíveis e energia. Os níveis de demanda ainda estão positivos e os estoques se mantêm equilibrados, apesar do cenário ainda problemático quanto ao suprimento de alguns tipos de insumos", afirma o economista do Ibre/FGV Stéfano Pacini, em nota.

Ele pondera, porém, que as expectativas em relação ao futuro próximo mostram certa cautela dos empresários com um segundo semestre de eleições e de manutenção dos juros elevados.