O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — índice que mede a inflação oficial do país — foi de -0,36% em agosto, segundo mês seguido de deflação, mesmo assim, alguns produtos ficaram mais caros. Isso porque, até agosto, 183 dos 377 subitens do IPCA ainda registraram inflação de 10% ou mais no acumulado de 12 meses. Ou seja, quase metade dos bens e serviços pesquisados (48,5%) continuou com alta de dois dígitos, segundo dados divulgados na sexta-feira, 9, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No conjunto, os alimentos no domicílio subiram 15,63% desde setembro do ano passado. O leite, por exemplo, registra alta de 60,81% e a cebola subiu 91,21% nos últimos 12 meses.
O alívio não foi generalizado. Assim como os alimentos, passagens aéreas e transporte por aplicativos também ficaram mais "salgados" desde o ano passado.
O grupo dos transportes (-3,37%) exerceu o maior impacto negativo sobre o índice geral, contribuindo com 0,72 ponto porcentual. A queda desse grupo foi influenciada principalmente pela retração nos preços dos combustíveis (-10,82%).
Em agosto, os quatro combustíveis pesquisados tiveram deflação: gás veicular (-2,12%), óleo diesel (-3,76%), etanol (-8,67%) e gasolina (-11,64%). Item com maior impacto negativo sobre o índice geral, a gasolina teve redução de R$ 0,18 por litro nas refinarias no mês passado.
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