Projeções mostraram um sinal desconfortável para a estratégia de política monetáriaReprodução
A projeção para 2022 cedeu de 5,62% para 5,60%, a 17ª redução seguida. Há um mês, a mediana era de 5,88%. A previsão para 2023 passou de 4,97% para 4,94%, enquanto, para 2024, a estimativa acelerou de 3,43% para 3,50%. Há um mês, as medianas eram de 5,00% e 3,50%, nessa ordem. Os dados forma divulgados nesta segunda-feira, 24.
Considerando somente as 102 estimativas atualizadas nos últimos 5 dias úteis, a mediana para 2022 passou de 5,56% para 5,60%. Para 2023, variou 4,93% para 4,92%.
As medianas na Focus para a inflação oficial em 2022 e 2023 estão se aproximando do teto da meta para esses horizontes, mas ainda apontam para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central (BC), considerando o estouro de 2021. Para 2024, a projeção do mercado está acima do alvo central de 3,00%, mas aquém do limite superior de 4,50%.
A meta para 2022 é de 3,50%, com tolerância superior de até 5,00%, enquanto, para 2023, a meta é de 3,25%, com banda até 4,75%. Para 2024, os limites são de 1,50% e 4,50%.
Atualmente, o horizonte relevante da política monetária considera os anos de 2023 e, em menor grau, de 2024. Mas o BC tem dado ênfase ao horizonte de 12 meses até o primeiro trimestre de 2024.
No Comitê de Política Monetária (Copom) do BC desta semana, contudo, os dois anos devem passar a ter o mesmo peso para o colegiado. Como o horizonte é móvel, cada vez mais, o Copom vai olhar para a inflação em 2024 para tomar suas decisões.
Na Focus, a previsão para 2025 permaneceu em 3,00%, porcentual igual ao de 67 semanas atrás. A meta para o ano é de 3,00%, com intervalo de 1,5% a 4,5%.
No Copom de setembro, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 5,8% em 2022, 4,6 % em 2023 e 2,8% para 2024. O colegiado manteve a Selic em 13,75% ao ano, decretando o fim de seu mais longo ciclo de alta de juros.
Outros meses
Para o IPCA de novembro, a estimativa passou de 0,45% para 0,41%, de 0,50% um mês antes. Já para dezembro, a previsão mediana para o indicador variou de 0,70% para 0,68%. Era de 0,73% há quatro semanas.
A expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses também perdeu força, de alta de 5,24% para avanço de 5,13% — há um mês, estava em 5,09%.
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