Em termos nominais, o índice apresentou alta de 10,5%Foto: Divulgação
Os efeitos do calendário prejudicaram o índice. Isso porque houve uma sexta-feira — dia em que as vendas costumam ser mais intensas — a menos, e uma segunda-feira — data em que o comércio está menos aquecido — a mais do que em outubro de 2021.
Para Felipe Baran, head de inteligência da Cielo, o comércio segue em recuperação. "É o décimo segundo mês consecutivo de alta nas vendas. Segmentos como postos de gasolina, que haviam desacelerado em setembro, voltaram a evoluir e contribuíram para o resultado positivo", afirma, acrescentando que as vendas da Black Friday, que será realizada no fim deste mês, pode ajudar na recuperação de Bens Duráveis e Semiduráveis, que ficou negativo nos últimos cinco meses na visão deflacionada.
Inflação
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontou alta de 6,47% no acumulado dos últimos 12 meses, com alta de 0,59% em outubro. O preço dos alimentos foi o que mais impactou o índice. Ao ponderar o IPCA pelos setores e pesos do ICVA, a inflação no varejo ampliado foi de 9,37% em outubro, desacelerando em relação ao índice registrado no mês anterior.
Setores
Descontada a inflação e com o ajuste de calendário, os setores de bens não duráveis e serviços registraram crescimento em relação a outubro de 2021. O destaque de bens não duráveis foi de postos de gasolina. No setor de serviços, um dos segmentos que mais colaboraram para a alta foi em bares e restaurantes.
Já bens duráveis e semiduráveis sofreram queda. O primeiro foi impactado negativamente pelo segmento de materiais de construção
Regiões
De acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário, todas as regiões apresentaram crescimento em relação a outubro de 2021. A região Norte registrou alta de 4,7%, seguida da região Nordeste (+2,9%), Sul (+2,6%), Sudeste (+1,7%) e Centro-Oeste (+1,5%).
Segundo o ICVA nominal com ajuste de calendário na comparação com outubro de 2021, as vendas na região Sudeste cresceram 12,3%, seguida da região Sul (+11,8%), Nordeste (+11,5%), Norte (+11,5%) e Centro-Oeste (+9,6%).
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