Lula assinou a Medida Provisória do novo Bolsa Família em cerimônia no Palácio do PlanaltoJosé Cruz/Agência Brasil

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou nesta quinta-feira, 2, a Medida Provisória que estabelece os parâmetros do novo Bolsa Família, em evento no Palácio do Planalto. O texto será encaminhado ao Congresso Nacional. Durante seu discurso, o chefe do Executivo afirmou que, para o sucesso do programa, é necessário que haja fiscalização.
Lula sugeriu que o Ministério Público faça um convênio entre estados e Ministério do Desenvolvimento Social para fiscalizar o recebimento do novo Bolsa Família, diante da alta de casos de fraude no sistema para receber o benefício. Segundo ele, o compromisso de todos é de fiscalizar programa para que dê certo

"Esse não é um programa de um governo, de um presidente da República, é um programa da sociedade brasileira e que só vai dar certo se a sociedade assumir a responsabilidade de fiscalizar o cadastro único que estamos fazendo", disse o chefe do Executivo. "O programa tem que chegar somente na mão de quem precisa", completou, pedindo ajuda na fiscalização séria de todos, incluindo da imprensa brasileira.

"Não queremos intermediários", destacou Lula. "Somente quem tem que saber quem vai receber são vocês e a Caixa Econômica Federal "

O presidente reforçou o anúncio já feito pela presidente da Caixa, Rita Serrano, no evento, dizendo que o pagamento do novo Bolsa Família começará no dia 20.

Lula afirmou que o programa é apenas um pedaço das coisas que o governo precisará fazer. "Não vai resolver todos os problemas", disse.

Segundo ele, alinhado ao benefício, tem que vir política de crescimento econômica, geração de empregos e transferência de renda através dos salários.
Fila
O ministro do Desenvolvimento Social e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias, afirmou nesta quinta, que o governo trabalha para que não haja fila para receber os benefícios do Bolsa Família. A meta, segundo ele, é chegar ao fim do ano com número residual na fila.

Hoje, o governo analisa uma fila de 900 mil pessoas para entrada no programa. Mas, segundo o ministro, todos os cálculos apontam que o número de famílias assistidas ficará abaixo dos 20 milhões "Em março, devemos ultrapassar 1,5 milhão de pessoas que não preenchiam os requisitos do Bolsa Família", disse, completando que algumas já saíram voluntariamente e as demais deixarão de receber o benefício.