Os bancos discutem com o governo federal a suspensão imediata do corte no teto de juros para o empréstimo consignado ofertado a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de acordo com o jornal O Globo. Nesta semana, o Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) aprovou a redução do limite de 2,14% para 1,70% ao mês.
A proposta dos bancos prevê que o teto dos juros para a modalidade volte a ser de 2,14%, enquanto um grupo de trabalho discute uma solução em um prazo determinado. O objetivo é que a taxa seja reduzida, mas a um limite suportado pelos bancos.
Depois que a redução foi oficializada, na última quarta-feira (15), diversos bancos suspenderam o consignado do INSS, incluindo a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
O CNPS, que aprovou a redução, conta com membros representantes do governo, dos empregadores e dos trabalhadores. A medida foi proposta pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e não contou com o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dos ministérios da Fazenda e da Casa Civil, que agora negociam com os bancos.
Como justificativa para suspender o consignado do INSS, os bancos afirmaram que o novo limite impede que a modalidade seja economicamente viável. Em nota, centrais sindicais criticaram a suspensão do empréstimo, acusando os bancos de chantagearem o governo.
"As Centrais Sindicais manifestam sua indignação e condenam veementemente a chantagem dos bancos de suspenderem a modalidade de crédito consignado para aposentados. Essa atitude dos bancos demonstra que a sede por lucros não tem limites, e é inaceitável que os aposentados e pensionistas sejam prejudicados dessa forma", diz o texto, que foi compartilhado no Twitter por Lupi.
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