Entre 2013 a 2023, o IPCA somou 98,4% ante uma variação de preços dos medicamentos de 65,4%Divulgação
"Os medicamentos têm um dos mais previsíveis e estáveis comportamentos de preço da economia brasileira", disse Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma).
Além do calculo baseado no IPCA, o reajuste leva em consideração a carga tributária embutida no preço dos medicamentos, que equivale a até 32% do valor final pago pelo consumidor, a carga que é oferecida gratuitamente no 'Programa Aqui Tem Farmácia Popular', medicamentos pacientes com hipertensão e diabetes, e outros produtos para doenças de larga incidência e vendidos por valores de reembolso baixos.
Em ano atípico, a indústria farmacêutica enfrenta pressão de custos. Além de lidar com gargalos operacionais e financeiros, para fazer frente à demanda imprevista e emergencial de produtos para as doenças respiratórias durante a pandemia de covid-19, o setor teve aumento de custos de produção, puxado pela elevação de preços dos insumos farmacêuticos ativos (IFAs), cotados em dólar, e das tarifas de frete de fornecedores como China e Índia. A guerra da Ucrânia manteve as despesas com logística em alta.
Os medicamentos têm preço controlado e congelado por 12 meses. Nenhuma empresa pode aumentar o preço máximo ao consumidor (PMC) de seus produtos sem autorização do governo.
Uma única vez a cada ano, os aumentos de custo de produção acumulados nos 12 meses anteriores podem ser incorporados ao preço máximo ao consumidor (PMC) dos medicamentos, a critério das empresas fabricantes, aplicando-se uma fórmula de cálculo criada pelo governo.
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