Haddad discutirá com Lula mecanismos para reduzir o preço dos eletrodomésticosFabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta quinta-feira, 13, que irá se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a fim de buscar meios para reduzir o preço dos eletrodomésticos , como televisores e geladeiras. "Amanhã [sexta-feira] tem despacho com o presidente Lula e esse deve ser um dos temas", disse o ministro, que foi entrevistado pelo jornalista Kennedy Alencar. A entrevista irá ao ar às 23h45, na RedeTV!.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na quarta-feira, 12, que sugeriu ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que o governo lance um programa para baratear eletrodomésticos.

"Falei com o Alckmin: que tal a gente fazer uma aberturazinha para linha branca outra vez? Facilitar a compra de geladeira, televisão, máquina de lavar roupa. As pessoas de quando em quando precisam trocar seus utensílios domésticos. Quando a geladeira velha está batendo, não está gelando a cerveja bem, e está gastando muita energia, você tem que trocar. E, se está caro, vamos tentar baratear, vamos encontrar um jeito", afirmou o presidente, durante discurso no evento de retomada do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, no Palácio do Planalto.

Em seu segundo mandato como presidente, em 2009, Lula reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos por alguns meses. O novo programa, sugerido pelo presidente a Alckmin, pode ser similar ao realizado no último mês para baratear carros.
"Nós fizemos uma coisinha pequena, reduzimos um pouquinho o preço dos carros. O que aconteceu? A gente vendeu mais carros do que teve capacidade de produzir no período", disse Lula, afirmando que este tipo de programa é importante para que as pessoas consumam e a economia volte a girar.

Dirigindo-se à ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, Lula pediu ajuda para viabilizar os descontos. "Simone, você e o Aloizio [Mercadante, presidente do BNDES] abram a mão um pouquinho para a gente poder facilitar a vida desse povo que quer ter acesso às coisas".