Presidente Luiz Inácio Lula da SilvaMarcelo Camargo/Agência Brasil
Lula a empresários: 'População mais pobre não compra dólar, mas sim comida'
A representantes da indústria de alimentos, no Planalto, presidente afirmou que o Brasil crescerá mais do que 2,5%, 'se o dinheiro circular'
Em reunião com empresários da indústria de alimentos no Palácio do Planalto na tarde desta terça-feira, 16, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PF) defendeu a circulação de dinheiro para impulsionar a economia e disse que a população mais pobre não compra dólar, mas sim comida.
Lula deu a declaração em cerimônia fechada no Palácio do Planalto, e o áudio foi divulgado pela assessoria de imprensa da Presidência da República. O evento realizado reuniu ministros, empresários e representantes da indústria de alimentos. Ao todo, a lista de participantes somava 28 presentes.
"O povo mais pobre, o povo mais humilde, quando ele tem um pouquinho de dinheiro, ele não compra dólar; ele compra comida", afirmou o presidente.
No mesmo encontro, Lula disse que o Brasil crescerá mais do que 2,5%, se o dinheiro circular. "Se o dinheiro que nós colocamos em circulação nesse país tiver rodando, a gente vai crescer mais do que 2,5%", declarou.
"Ele (o pobre) compras coisa para a família", afirmou. "É esse País que nós queremos que dê certo. É fazer com que o dinheiro desse País circule. É por isso que a gente aumenta o salário mínimo de acordo com o PIB, porque é normal que, quando o PIB cresça, a gente distribua o PIB entre todo mundo: entre os empresários, entre os trabalhadores, entre os aposentados... Afinal de contas, é o crescimento do País."
Lula também criticou pessoas que "vivem de dividendos" e afirmou que é necessário apostar na capacidade produtiva.
"Esse País precisa parar de ter gente vivendo de dividendos e ter gente vivendo de trabalho, de geração de emprego, de geração de renda, porque é isso que faz a economia girar", afirmou o petista. "Ou vocês confiam naquilo que a gente está fazendo e apostam na capacidade produtiva ou não dá certo", disse Lula.
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