Marcos Valério foi condenado nos mensalões do PT e do PSDB Reprodução/ O Globo

Nesta segunda-feira (24), a Comissão de Transparência do Senado fez uma audiência pública para que fossem esclarecidas falas feitas por Marcos Valério à Polícia Federal. A reunião, convocada por Eduardo Girão (Podemos), foi realizada depois que o TSE proibiu qualquer ligação entre o PT e o PCC (Primeiro Comando da Capital) por parte da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições 2022 .
O publicitário foi convocado, mas não compareceu na audiência. Girão então determinou a exibição de um vídeo de uma entrevista de Valério em que ele detalha uma possível relação do Partido dos Trabalhadores com o PCC.
“Os bingos estariam lavando dinheiro do crime organizado e financiando campanha de candidatos a vereadores do PT e de deputados do PT em dinheiro vivo. E crime organizado leia-se PCC”, disse Marcos na ocasião.
O PT nega qualquer envolvimento com o crime organizado, no entanto, senadores da base do governo tentam esclarecer os posicionamentos de Valério. Por conta disso, Girão quis a presença do publicitário, que optou por recusar o convite.
Senado fala de corrupção
Na sequência, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário falou sobre o tema, já que foi convidado para participar da reunião.
“Nós verificamos que as fraudes que ocorrem no INSS eram iniciadas a partir de denúncias. O INSS não tinha um canal de denúncias, porque esse canal ficava no Ministério da Economia, visto que o INSS era veiculado ao Ministério da Economia. Imediatamente, verificando que os casos de corrupção no INSS ocorrem através de denúncias, assim como dos outros órgãos de fiscalização, então você tem que fortalecer os canais de denúncia para ter um controle voltado para esse problema”, explicou Wagner.
Questionado sobre a Emenda do Relator, conhecido como Orçamento Secreto, o ministro esclareceu alguns pontos e deixou claro que todos sabem de que maneira a verba é utilizada.
Girão questiona o Consórcio Nordeste
Durante a pandemia, o Consórcio Nordeste comprou respiradores com a alegação de que seriam usados em hospitais de campanha. Porém, Girão declarou que os equipamentos não foram entregues sem qualquer explicação.
“O Consórcio Nordeste comprou 300 respiradores de forma antecipada, a princípio até sem nota fiscal, de uma empresa que fui em São Paulo, que funcionava em um prédio residencial, ela só tinha duas notas fiscais na vida, sendo uma de R$ 48,5 milhões. Esses respiradores superfaturados até hoje não chegaram ao Nordeste”, relatou.
Confira o vídeo abaixo: