Ex-presidente votou na Escola Santa Marcelina, em Belo HorizonteReprodução: Canal O Tempo
Publicado 30/10/2022 10:19 | Atualizado 30/10/2022 10:34
Belo Horizonte (MG) - A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), de 74 anos, votou neste domingo, 30, na Escola Santa Marcelina, em Belo Horizonte. Em conversa com a imprensa, a ex-presidente pediu uma "punição firme" a deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL), que apontou a arma para um homem negro em São Paulo, no sábado, 29.
De acordo com o jornal mineiro "O Tempo", Dilma compareceu ao local de votação por volta das 8h30, pouco depois da abertura dos portões. Assim como no primeiro turno, ela estava acompanhada do deputado federal reeleito Rogério Corrêa (PT) e da deputada estadual reeleita Beatriz Cerqueira (PT). Ao lado de apoiadores, a petista ouviu manifestações de apoio, mas também algumas vaias. 

Repercutindo o episódio em que a deputada Carla Zambelli (PL) perseguiu e apontou uma arma para um apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Dilma pediu punição à parlamentar. "A Carla Zambelli sacando arma em São Paulo é uma manifestação do descontrole que o grupo bolsonarista chegou. No meio de uma eleição não é permitido sacar armas em qualquer circunstância", disse Dilma.

"Uma deputada fazer isso é lamentável e mostra que não há nenhum compromisso com a democracia com esse tipo de conduta. Cabendo medidas firmes contra ela porque está totalmente fora de conduta de um representante do povo brasileiro", afirmou.
A ex-presidente ainda comparou o ocorrido com ação do ex-deputado Roberto Jefferson, que ressitiu a prisão e atirou em policiais federais no domingo,23. "Vamos lembrar o que aconteceu com Roberto Jefferson. É inadmissível que alguém que atira na Polícia Federal seja conduzido pelo ministro. Se fosse uma pessoa negra, seria liquidada. Não é necessário que se abra um tratamento privilegiado a um bandido, porque só um bandido atira contra a polícia", completou.

Dilma ainda afirmou que tem "grande expectativa de vitória" do ex-presidente Lula. "Quando eu saí do Palácio do Planalto, por causa daquele impeachment absolutamente ilegal e fraudulento, eu disse que nós voltaríamos. Para mim, hoje é um dia que eu acho que chegou esse momento de nós voltarmos", concluiu.
Dilma Rousseff foi a primeira mulher presidente na história do Brasil. O seu mandato tem início com a posse do cargo no dia 1º de janeiro de 2011, após ter derrotado o candidato do PSDB, José Serra, nas eleições de 2010. Em seguida, Dilma foi reeleita em 2014, o que garantiu um segundo mandato presidencial, assumindo em janeiro de 2015, e termina com seu impeachment em 31 de agosto de 2016. Deixando o cargo para o seu vice-presidente Michel Temer.
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