Carro da Polícia Federal, com marcas de tiro no vidro dianteiro, que foi alvo de Roberto JeffersonReprodução de vídeo
O delegado Marcelo Vilella, atingido na cabeça e na perna por estilhaços, e a policial Karina Lino Miranda de Oliveira, ferida na cabeça por estilhaços, foram encaminhados a um hospital próximo e receberam alta no fim da tarde.
PF vai à casa do ex-deputado federal Roberto Jefferson e ele diz que não vai se entregar: ‘Eu não vou me entregar. Eu vou enfrentá-los'.
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“Vou mostrar a vocês que o 'pau' cantou. Eles atiraram em mim e eu atirei neles. Estou dentro de casa, mas eles estão me cercando. Vai piorar, vai piorar muito, mas eu não me entrego. Chega de abrir mão da minha liberdade em favor da tirania. Não faço mais isso, chega! Vou cair de pé, como homem que sou. Sou líder! Um líder não é só de palavra, (ele) dá o exemplo! O Brasil chegou no limite da tirania. Xandão (Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Fachin. (...) Chega, o ‘pau’ cantou! Chega! Eu vou se Deus quiser, vou embora, mas deixo plantado o meu exemplo. Não se entreguem", disse no vídeo.
Em vídeo, Roberto Jefferson diz que trocou tiros com a PF: ‘Vou mostrar a vocês que o pau cantou’.
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Após a troca de tiros, Roberto Jefferson negou ter atirado com intuito de acertar algum agente. Segundo o ex-presidente do PTB, os tiros acertaram o carro da PF e regiões próximas aos agentes.
“Eu não estou atirando em cima deles, eu dei perto, não atirei neles. Eu não atirei em ninguém para pegar”, disse Jefferson, em conversa com uma mulher, não identificada, de fundo que alertava o ex-parlamentar sobre a possibilidade de aumentar sua pena após o caso. “Eles já me humilharam muito, minha família. Eu vi minha mulher chorando e fiquei impotente. Eles pisaram nas calcinhas e camisolas dela por crime de opinião”, acusou.
Após trocar de tiros com a PF, Roberto Jefferson reafirma: ‘Eu não vou me entregar’.
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou pelas redes sociais que repudia o ataque a tiros promovido por Roberto Jefferson e solicitou a ida do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, para acompanhar os desdobramentos da operação.
“Repudio as falas do Sr. Roberto Jefferson contra a Ministra Carmen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF, bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP”, disse.
A assessoria de imprensa da Polícia Federal no Rio de Janeiro manifestou-se na tarde deste domingo, 23, sobre o episódio. Segundo a PF, "policiais federais foram à casa do alvo para cumprir ordem de prisão determinada, na data de ontem (sábado, 22), pelo STF, e durante a diligência, na manhã de hoje (domingo, 23), o alvo reagiu à abordagem da PF que se preparava para entrar na residência. Dois policiais foram atingidos por estilhaços, mas passam bem. A diligência está em andamento".
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