Presidente da Câmara dos Deputados Arthur LiraPaulo Sérgio/Câmara dos Deputados

Sem citar Roberto Jefferson, o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira comentou o caso envolvendo o ex-deputado federal, que proferiu ofensas contra a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia e, que mais cedo, atirou contra dois policiais federais que foram cumprir ordem de prisão contra ele.

Nas redes sociais, Lira afirmou que repudia “toda reação violenta, armada ou com palavras, que ponham em risco as instituições e seus integrantes”.

“O Brasil assiste estarrecido fatos que, neste domingo, atingiram o pico do absurdo. Em nome da Câmara, repudio toda reação violenta, armada ou com palavras, que ponham em risco as instituições e seus integrantes. Não admitiremos retrocessos ou atentados contra nossa democracia”, publicou em sua página.

 

 

Jefferson teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. No começo da tarde, atacou policiais federais que foram cumprir a ordem judicial em sua casa na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro.

As imagens de um circuito interno de segurança mostram policiais chegando ao local. Jefferson atirou contra a Polícia Federal, que tentava prendê-lo, ferindo um delegado e uma agente. Ambos estariam fora de perigo. Segundo o ex-deputado, houve troca de tiros.

A decisão de Moraes foi tomada após Jefferson desrespeitar medidas restritivas às quais ele estava submetido em sua prisão domiciliar. Na sexta-feira, 21, o ex-deputado xingou a ministra Cármen Lúcia, do STF, de "prostituta". O ataque ocorreu após o voto da ministra a favor da punição da Jovem Pan.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também se manifestou neste domingo e criticou os ataques à ministra Cármen Lúcia, do STF, e à deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Bolsonaro, por sua vez, manifestou repúdio aos ataques de Jefferson à ministra e ao que chamou de "ação armada" do ex-deputado contra os agentes da PF, mas também voltou a criticar a atuação da Justiça, ao dizer repudiar "a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP".