Tite convoca equipe para a Copa America. Foto: Luciano Belford/Agencia O dia - Luciano Belford/Agência O Dia
Tite convoca equipe para a Copa America. Foto: Luciano Belford/Agencia O diaLuciano Belford/Agência O Dia
Por HUGO PERRUSO
Rio - Parecia um mantra. Inúmeras vezes ao longo da coletiva de convocação para a Copa América Tite repetiu a importância do tripé formado por criação, solidez e resultado. O primeiro ponto, inclusive, é a maior preocupação no momento. Tanto que, para o treinador da Seleção, a busca pelo desempenho parecido com o apresentado nas Eliminatórias para a Copa de 2018 será mais importante do que o título em casa. Ainda assim, outro tema foi ainda mais falado: Neymar.
Ponto principal para a busca pela melhora no desempenho pós-Copa do Mundo, Neymar segue sendo motivo de preocupação extracampo, principalmente após o soco que deu num torcedor na final da Copa da França. Apesar de ter admitido que o jogador errou, o treinador não quis se aprofundar no assunto, apesar das muitas perguntas sobre o tema. E não confirmou se Neymar continuará como capitão.
Publicidade
Inclusive, Tite se mostrou muito incomodado ao falar do assunto e não gostou da comparação da situação de Neymar com a de Douglas Costa, que ficou fora de convocações após cuspir em um adversário do Campeonato Italiano. Com direito a papel com suas respostas na época em que não chamou o jogador da Juventus, o treinador explicou que o caso era diferente, pois Douglas também estava com problema de lesão na época. Entretanto, ele nunca mais foi chamado, até por não estar em grande momento.
"Neymar errou. Por educação, como técnico e pessoa, primeiro converso com ele, assim como conversei com Douglas Costa e também farei com Paquetá (que teve problema de indisciplina no Milan). Não por telefone, mas ao vivo. Falarei com Neymar antes, depois com vocês", desconversou o treinador.
Publicidade
Sobre a questão de desempenho da Seleção, que não vem agradando desde a Copa do Mundo, Tite reforçou que seu desejo maior é que a equipe apresente bom futebol, mesmo que o título não aconteça.
"O futebol tem criação, solidez e resultado. É buscar esses três fatores. É ter criação e futebol bonito, com posse de bola. Temos que buscar os melhores momentos das Eliminatórias. Buscar desempenho. Sempre. Mesmo correndo o risco de continuidade de trabalho. Eu sei da importância do resultado, mas não tenho condição de controlá-lo. Desempenho eu tenho, está em criação e em jogar bonito. Sim, tem que ser agradável e ter solidez", analisou o treinador, que não se sente pressionado por um título em casa.
Publicidade
"Eu me senti pressionado quando assumi o Guarany de Garibaldi (RS) no meu primeiro jogo e vai continuar assim até eu terminar".