Rubens Lopes, presidente da Ferj: CBF garantiu datas para o EstadualLuciano Belford
Por O Dia
Publicado 05/07/2021 14:20 | Atualizado 05/07/2021 14:55
Rio - No último domingo (4), o presidente da FERJ (Federação de Futebol do Rio de Janeiro), Rubens Lopes, criticou as medidas protocoladas pela Comissão mediante a prorrogação por mais de 60 dias de afastamento para o dirigente Rogério Caboclo. A informação é do site "GE".
Anteriormente, Caboclo fez o pedido de suspensão do afastamento, que em seguida foi negado pelo órgão, no sábado (3). Em nota oficial, o presidente da FERJ declara que as medidas foram "ao modo jacobino, miliciano e calcadas na subversão da ordem", além de que as ações "não servem para dirimir as dúvidas das intenções".
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Além de Rubens Lopes, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, criticou também as condutas da entidade. Em resposta à decisão, o dirigente Caboclo diz ter recebido com "inconformismo e indignação a decisão do Conselho de Ética", além de dizer que "este é mais um episódio do inédito golpe orquestrado e comandado pelo ex-presidente Marco Polo Del Nero, banido do futebol, por meio de aliados na confederação".
Confira na íntegra, a nota oficial do presidente da FERJ, Rubens Lopes:
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"O episódio envolvendo o Presidente da CBF já o submeteu a linchamento ético e moral. Não se pode ignorar as circunstâncias, a repercussão e as consequências, simplesmente “absolver” o autor, fingir que nada houve ou ainda rasgar e ignorar a denúncia de tamanha gravidade. Entretanto, violar os princípios básicos do direito ao contraditório e à ampla defesa não se coaduna com a legalidade e não estamos na era da inquisição.

Não há como deixar de haver punições rigorosas e exemplares para as transgressões, mas após apuração e principalmente comprovação de culpa, quando aí sim, o acusado ou acusados devem ser submetidos às mais severas sanções pertinentes e previstas no estatuto da entidade e demais regramentos legais. Atitudes tomadas ao modo jacobino, miliciano e calcadas na subversão da ordem não servem para dirimir as dúvidas das intenções.

Não sei se o que mais se aproxima da realidade: uma certa similaridade com o conhecido conto “A Revolta dos Brinquedos” ou reencarnações de Danton, Marat, Desmoulins e Robespiere no maior estilo dos respectivos grupos da época. Fato é que o desenho está dando medo, não tenho dúvida, e acreditar no ditado que “pior não pode ficar” seria uma ingenuidade como crer nas fábulas de Esopo.

Faltam peças nesse quebra-cabeças e pairam dúvidas no que seja, ruim, mal ou pior: a emenda, o soneto, ou ambos.

Pugna-se por decisão rigorosa, mas legal, justa, acertada, e sem nenhum viés obscuro ou inexplicável que possa ser questionado ou contaminar qualquer decisão. Afinal, a Inquisição, Nuremberg e afins não podem servir de exemplos para nenhum caso.

Que falem os membros da Assembleia Geral."
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