Publicado 25/05/2023 12:10
Pressionado pela postura e pela repercussão de novo caso de racismo sofrido por Vini Jr no Campeonato Espanhol, o presidente da LaLiga, Javier Tebas, primeiro pediu desculpas, na quarta-feira, pelas postagens contra o jogador brasileiro e, nesta quinta admitiu a possibilidade de clubes perderem pontos por ataques racistas. Ele convocou uma coletiva de imprensa para tratar do tema.
Entretanto, o dirigente ressaltou que, para uma punição mais dura, será necessário mudar o regulamento. Atualmente, a LaLiga apenas denunciava os casos de racismo às autoridades espanholas.
"A sanção de tirar pontos existe na legislação espanhola só para inscrições irregulares. Seria bom pensar na perda de pontos? Creio que sim. Isso seria bom poder introduzir. Temos que pensar no futuro. Contra o racismo é fundamental lutar todo dia", disse.
Tebas aproveitou para pedir mais poderes à LaLiga junto à federação espanhola. O presidente da entidade, Luis Rubiales, inclusive, foi um dos que o criticou pelas discussões nas redes sociais com Vini Jr.
"Quem pode sancionar os clubes e os jogadores não é LaLiga, é a Federação Espanhola de Futebol. Nós não temos essas competências e por isso as estamos pedindo para ter agora. Nós decidimos elevar o nível das denúncias, mudamos a estratégia, indo direto aos juizados", explicou.
Na coletiva, o presidente da LaLiga, que apoiador do partido de extrema-direita espanhol Vox, garantiu que luta contra o racismo, apesar da postura crítica a Vini Jr após o caso da torcida do Valencia. Ele ainda criticou clubes e a federação espanhola pelo problema recorrente no futebol espanhol.
"Fomos sozinhos nesses casos, nenhuma outra instituição esportiva foi conosco. Nem a federação espanhola, nem os clubes. Vamos continuar lutando pela condenação de pessoas que cometerem esses crimes. Tenho certeza de que vamos conseguir resolver", completou.
Por causa dos ataques racistas contra Vini Jr, o Valencia teve como punições o fechamento por cinco jogos do setor do Estádio Mestalla onde estavam os racistas identificados, além de multa de 45 mil euros (pouco mais de R$ 240,6 mil).
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