Daniel Alves e a mãe, Lúcia AlvesReprodução
Publicado 05/02/2024 12:52
Espanha - A mãe do jogador Daniel Alves, Lúcia Alves, afirmou à imprensa que foi barrada no julgamento de seu filho, que teve início nesta segunda-feira (5), na Espanha. Como não era advogada e nem testemunha, ela precisava estar credenciada para entrar no local, o que não aconteceu de início.
Somente após explicar toda situação na entrada, Lúcia conseguiu ser credenciada e entrar para acompanhar o julgamento. Ele ficou na sala durante todas as considerações iniciais, mas ela e todas as outras pessoas precisaram deixar o local, por determinação da Justiça, para que a denunciante pudesse dar seu depoimento.
No ano passado, a mãe de Daniel Alves chegou a divulgar imagens em suas redes sociais da mulher que o acusa de agressão sexual. A exposição é considerada crime na Espanha.

Relembre o caso

Em 31 de dezembro de 2022, o diário 'ABC' revelou que Daniel Alves teria violentado sexualmente uma jovem na casa noturna Sutton no dia anterior. A mulher esteve no local acompanhada por amigas e entrou no banheiro a pedido do jogador, à época no Pumas, do México. Ela alega que pensava que era outro ambiente da boate.
Ao sair do cômodo, a jovem de 23 anos estava muito abalada e a equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia, que colheu o depoimento da vítima.
No dia 10 de janeiro de 2023, a Justiça espanhola aceitou a denúncia e passou a investigar o jogador brasileiro. Quando voltou à Espanha para o velório da sogra, ele foi intimado a depor.
Inconsistências nas versões dadas pelo atleta nas primeiras declarações e em depoimento à Justiça, fizeram com que a juíza Maria Concepción Canton Martín decretasse a prisão no dia 20 de janeiro. A possibilidade de fuga do país também foi outro motivo.
Durante o período em que está recluso, o brasileiro mudou o seu depoimento por mais de uma vez, trocou de advogado de defesa e teve negados outros recursos para responder à acusação em liberdade. Além disso, entrou em um processo de divórcio com a modelo e empresária espanhola Joana Sanz, que acabou não indo adiante.
Nas contradições, Daniel Alves chegou a dizer que não conhecia a mulher que o acusava. Depois, argumentou que houve relação sexual com ela, mas de forma consensual. Após nova mudança de direção, a defesa de Daniel Alves vai alegar, durante o julgamento, que o jogador estava bêbado na noite em que foi acusado do abuso.
De acordo com a publicação 'El Periódico', a nova versão dos fatos, a quinta apresentada pelos advogados, tem a intenção de atenuar a pena do jogador brasileiro, pois o colocaria como "uma pessoa sem conhecimentos de suas ações" em razão dos efeitos do álcool.
Daniel Alves pode pegar nove anos de prisão, mas a defesa da jovem denunciante pede 12, a pena máxima para agressão sexual na Espanha.
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