Publicado 19/06/2024 15:53
Estados Unidos - Indo para sua quarta Copa América, Marquinhos nomeou a seleção argentina, atual campeã, como a "equipe a ser batida" no torneio, que começa na quinta (20). No entanto, o zagueiro brasileiro reiterou que a Seleção precisa mostrar dentro de campo que também pode ser candidata ao título da competição.
Publicidade"A atual campeã é sempre a equipe a ser batida. Independentemente do momento, vimos a Argentina vencer o Brasil numa Copa América enquanto estávamos melhores que eles. isso não quer dizer nada. Em campo, muita coisa muda, são histórias que mudam", disse Marquinhos, que complementou:
"Cabe a nós fazer com que toda essa força nos leve dentro de campo, para que possamos trabalhar dentro de campo, como equipe, como a seleção merece. Fazendo grandes jogos. Fazer um jogo de cada vez. Temos grandes desafios até chegar a uma possível final e sermos campeões. Os jogos nos fazem criar cascas para nos tornarmos campeões."
O Brasil estreia na Copa América contra a Costa Rica, na próxima segunda (24), às 22h (de Brasília), nos Estados Unidos. A Seleção comandada por Dorival Júnior está no Grupo D, ao lado também da Colômbia e do Paraguai.
Antes da competição, a seleção brasileira disputou dois amistosos contra México e Estados Unidos. As atuações, entretanto, foram abaixo do esperado, com muitas críticas sendo feitas por torcedores. Marquinhos enfatizou que a equipe se preparou para corrigir os erros vistos nas últimas partidas, visando a estreia no torneio continental.
"O treino foi bastante focado em transição, em pós-perda. Do time jogar em bloco, sabendo o que fazer. Pressionando alto. Mas se estivermos em bloco baixo, temos que saber o que fazer também. Focamos bastante nesses detalhes. A seleção brasileira é alegria de se jogar, saber trabalhar a bola de um lado para o outro. Os campos menores dificultam essa parte ofensiva, principalmente contra seleções que vão jogar mais fechadas. Temos que saber lidar com isso. Procuramos melhorar muito esses aspectos", ponderou.
Confira outras respostas de Marquinhos
Inspiração para os outros zagueiros da Seleção
"Antes eu trabalhava com pessoas que eu era fã, com grandes ídolos, pessoas que fizeram seus nomes na Seleção. Hoje, faço esse papel. É tudo questão de tempo, de história, de dia a dia com eles. Vivo de forma normal, tento me aproximar cada vez mais dos jogadores que estão comigo, porque sei que o Thiago, Miranda, David Luiz eram importantes para mim."
"Quando não presto atenção, você tem que tomar cuidado com as suas atitudes, se comportar da melhor forma. Sempre tem alguém vendo. Estou vivendo assim. Sei do meu papel, tento trazer para a Seleção formas de ajudar esses meninos que estão chegando."
Disputa na zaga
"Penso que isso só ajuda dentro de campo, e o professor está tranquilo para fazer as decisões dele. Tem cinco jogadores para a posição, até o Danilo, que na Juventus vem jogando assim também. Acho que todos têm que estar disponíveis para ajudarem. Tudo pode mudar em competições assim."
Quarta Copa América
"Melhor momento foi quando fomos campeões (2019). Não existe um momento melhor que aquela explosão de sentimentos de quando você é campeão. Os piores sempre são todos que você não é campeão, mas perder uma Copa América dentro de casa foi muito difícil. São momentos que que forjam o que é um jogador. Para que a gente sempre siga em frente, levando os bons momentos e os maus para aprendizado. Que a gente não repita os mesmos erros. Hoje temos uma nova oportunidade de escrever uma nova página na Seleção, e que seja da melhor forma possível."
Saúde mental e psicologia
"Está deixando de ser um tabu e cada vez mais todos estão falando. Seja na Seleção ou as pessoas em casa, que não tenham alguém para te analisar e julgar a todo momento."
"Aqui com a Marisa (psicóloga da CBF) procuramos sempre ter um bom ambiente, com trabalhos de grupo. É uma ajuda psicológica esportiva. Temos metas, objetivos. É diferente de uma psicóloga do dia a dia. Ela pode falar melhor que eu sobre. Ela está aqui para nos ajudar com as nossas metas do dia a dia. Está sendo muito importante no dia a dia. É conversa. Futebol é isso. Esse é um aspecto que estamos tentando trabalhar."
Início de ciclo e o que precisa melhorar
"Todo começo de ciclo é difícil ser perfeito. Já vivenciei alguns aqui e nenhum deles foi assim. Isso que estou tentando falar com alguns jogadores que estão chegando aqui na Seleção. Isso leva tempo."
"Estamos tentando melhorar com vídeos, conversas, treinos. Questões de tática, ataque, defesa, cobertura... coisas que podemos melhorar e aperfeiçoar. Temos consciência de que podemos melhorar e estamos trabalhando para acelerar esse processo o mais rápido possível."
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