Dorival Júnior comanda treino da seleção brasileiraRafael Ribeiro/CBF
Publicado 09/09/2024 23:06 | Atualizado 09/09/2024 23:07
Assunção - A evolução da Seleção foi um dos temas da entrevista coletiva de Dorival Júnior, nesta segunda-(9), um dia antes do jogo contra o Paraguai, pelas Eliminatórias. O treinador admitiu que o Brasil ainda busca um futebol "respeitado, competitivo e protagonista", mas pregou calma e destacou que as mudanças não acontecerão do dia para a noite.
Publicidade
"A nossa realidade é nos preparamos para tentarmos buscar, galgando degraus, para que voltemos a ter, sim, um futebol respeitado, competitivo e protagonista. Acho que esse é o trabalho, e não vai acontecer do dia para a noite. Não adianta criarmos uma ilusão para o torcedor, dizer: 'sairemos dando espetáculos e resultado'. É mentira. Isso vai acontecer, eu garanto, mas demanda tempo, demanda um amadurecimento dessa estrutura que está sendo mexida. Daqui a pouco ali na frente vamos encontrar um caminho".
Ele ainda lembrou das diferenças de comandar um clube e uma seleção para apontar as diferenças nos tempos para treinar com o grupo. Além disso, ressaltou que as distâncias entre as equipes diminuíram no futebol.
"Um trabalho bem diferente do clube. Você jogo hoje. No dia seguinte, você já começa a corrigir o que foi feito, apresentado, a melhorar ainda mais os pontos positivos. Na Seleção, não. Quando acabar o jogo amanhã, dois ou três vão para Londres, Danilo vai para Itália, Dorival e comissão vão para o Rio de Janeiro. É um outro tipo de trabalho, completamente diferente",
"Tivemos dois dias de treinamentos para podermos jogar contra o Equador. Ontem e anteontem, recuperação. Hoje, um trabalho leve, muito leve para estar em campo amanhã. E a gente tenta aproveitar o máximo possível esse período. Em outros momentos era bem diferente. Nesse momento, o futebol está muito igual. As distâncias ficaram menores, quem estava lá embaixo conseguiu chegar nas equipes de cima, e o topo das equipes de cima estavam muito próximas de um limite".
Dorival disse que vê, sim, uma evolução na seleção brasileira. Entretanto, pontuou que não se refere à qualidade de espetáculo e frisou que ainda há pontos a serem melhorados. 
"Percebo uma evolução como equipe, não estou falando em qualidade do espetáculo. Como equipe estamos encontrando um caminho, estamos muito fortes na retomada de bola, na recuperação, na volta depois da perda da bola, quando o adversário troca dois ou três passes e esboça uma transição. Nós estamos muito mais agressivos nessa nossa retomada. Como equipe, acredito que tenhamos evoluído".
"O que está faltando são os detalhes próximos da área adversária, uma tomada de decisão um pouco mais segura, uma opção um pouco mais confiável. De repente, uma jogada individual que possa ter desequilíbrio. Acho que esses pequenos detalhes que são fundamentais e que ainda não tenha acontecido nesse momento".
Na atividade desta tarde, o treinador promoveu a entrada de Endrick na vaga de Luiz Henrique. Com essa mudança, o jovem atacante do Real Madrid atuará centralizado, e Rodrygo vai cair para o lado direito.
"Era uma possibilidade que existia já para a primeira partida, não aconteceu, mas senti muita falta de um homem ali um pouco mais centralizado, mais próximo e que busque atacar os espaços deixados pela última linha adversária. O Endrick tem essa característica, naturalmente que precisa de uma adaptação nessa função, mas é quem mais se aproxima".
As duas seleções medirão forças nesta terça-feira, a partir das 21h30 (de Brasília), no Defensores del Chaco, em Assunção, pela oitava rodada das Eliminatórias. O Brasil soma dez pontos e aparece na quarta colocação.
Leia mais