Publicado 01/11/2024 16:28
Rio - A derrota de Vini Jr na disputa pela Bola de Ouro não repercutiu bem e segue gerando polêmica. Após convocar a seleção brasileira, na tarde desta sexta-feira (1), para os jogos contra Venezuela e Uruguai, nos dias 14 e 19, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, o técnico Dorival Júnior saiu em defesa do craque do Real Madrid.
Publicidade"Situação injusta. É uma premiação individual. Se teve um atleta decisivo, agudo, letal, que o talento foi mostrado para o mundo todo, acredito que tenha sido ele (Vini Jr). Nada contra quem ganhou o prêmio (Rodri), é um grande atleta de futebol e se destacou muito. Mas pelo trabalho que o Vinicius fez, merecia um reconhecimento", disse o treinador.
Em meio a polêmica pela derrota na Bola de Ouro, Vini Jr ainda se mantém vivo na briga pelo prêmio da Fifa. Pelo desempenho na temporada 2023/24, o brasileiro tem chances de faturar o prêmio e igualar os feitos de Ronaldo e Ronaldinho. O craque fez 24 gols e 11 assistências em 39 jogos, além de conquistar os títulos do Campeonato Espanhol e Liga dos Campeões.
O técnico Dorival Júnior convocou a seleção brasileira para os jogos contra a Venezuela, dia 14, em Maturín, e contra o Uruguai, dia 19, em Salvador, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Os jogadores se apresentarão no dia 11, em Belém, onde treinarão por três dias antes de seguir para Maturín. A capital paraense foi escolhida como base dos treinos para facilitar a logística.
Após enfrentar a Venezuela, o Brasil seguirá para Salvador, onde mandará o jogo contra o Uruguai, no dia 19, às 21h45, na Arena Fonte Nova. No Nordeste, os treinos serão no Barradão, estádio do Vitória. O Brasil é o quarto colocado das Eliminatórias, com 16 pontos, empatado com o Uruguai, em terceiro lugar. A Argentina lidera com 22, seguido da Colômbia, com 19.
Veja outras respostas de Dorival Junior:
Lucas Paquetá
"Paquetá tinha tomado um cartão jogando um pouco mais atrás. É natural que o trabalho de abordagem ele não poderia diminuir. Acabou precipitando uma decisão. O cartão nos fez tomar uma decisão. Ele teve também o segundo cartão. Ele pediu para ficar com a delegação, queria permanecer com todos nós. Isso mostra que as coisas estão alterando como todos estão vendo o valor que nós damos por estarmos aqui. Estamos uma entidade que vende orgulho ao povo. Todos estando no mesmo sentimento, vamos resgatar o que queremos. Precisamos dos jogadores integrados, em condições de brigar pela posição de forma limpa. As opções nós faremos, dentro do que estamos vendo"
Análise do trabalho
"Nós ficamos avaliando os nossos clubes e a demora para encontrarmos caminho e uma base. Algumas equipes talvez não tenham encontrado mesmo terminando o ano. Acredito que deposi da Copa América que a gente tenha tido uma evolução, temos um conhecimento maior sobre detalhes dos atletas. Sempre trabalhamos com atletas que atendam mais de uma função. Acredito que estamos num processo de evolução, não é o ideal. Vamos oscilar mais um pouco até encontrar regularidade. ´Mas estamos encontrando um caminho, espero que aconteça isso nos próximos jogos para que tenhamos uma melhor condição no ano que vem"
Apoio da torcida
"Onde temos passado, percebemos a comoção, a participação do torcedor, muito importante. É uma conquista, que vamos alimentando, a identificação do torcedor. O fato que aconteceu com o Vini mostra que quando estamos unidos estamos fortalecidos. Encontramos caminho para solução de problemas, nosso país sempre foi assim. Espero atitude como essa em que nos doamos pelo próximo"
Posicionamento do Rodrygo e Raphinha
"Não só os dois, são jogadores que se adaptam às funções. Temos apenas um centroavante de origem, o Igor. Mas temos jogador que também podem fazer essa função, como o Luiz Henrique, o Rodrygo, que já fez. São jogadores que se adaptam. Quero que tenham liberdade com aproximação, dinâmica e objetividade. Se a equipe encontrar isso estaremos próximos do que queremos. Buscamos sempre os melhores. Às vezes, abrimos mão de alguns jogadores que podem voltar a qualquer momento. Importa que a gente fortaleça a estrutura da equipe e que a gente encontre um caminho mais seguro"
Endrick
"Temos várias decisões tomadas que às vezes são feitas momentos antes da lista final. Alguns nomes importantes ficaram fora, como o Endrick. Temos uma situação que tem que ser bem definida. Tem um peso maior para os que estão atuando. Você não tem tempo para treinamentos, reposição de tempo perdido. Temos que pensar nesses detalhes. O Endrick foi fundamental em alguns jogos. Ele está vivendo um momento de transição na maior equipe do futebol mundial. É um processo natural, adaptação, isso demanda tempo. Temos que conviver com a situação. As portas não estão fechadas ao Endrick, ele sabe disso, tenho confiança nele. Tudo é questão de ele se recolocar em seu clube, com calma, paciência, para que ele brigue por seu espaço"
Murilo
"Com relação ao Murilo, nunca deixou de estar presente nas listas de observação. Temos duas posições entre jogadores com 10 opções. Nunca estivemos tão servidos de zagueiros, como atacante pelo lado direito. Por exemplo, Savinho, Luiz Henrique, Estevão e outros. Espero que o Murilo seja bem-vindo, renda e apresente o que faz na equipe"
Chances para Hulk e Ganso
"Não tenho problema nenhum quanto à idade. As qualidade são muito importantes. São jogadores que conversamos muito a respeito. Ouço muito para tomar decisões importantes. Temos que ver num sentido global o que queremos para a equipe. O Ganso é um jogador que tenho carinho especial, tivemos uma temporada mágica em 2010, ele sabe o respeito que tenho por ele, pelo profissional que é . O Hulk não tive oportunidade de trabalhar, o Rodrigo teve e sempre aponta características positivas. Foi questão de momento. Temos jogadores muito bons despontando no cenário, em funções diferentes. Não há problema em relação à idade. O Danilo tem 33 anos e está na plenitude, voltando a ser titular de sua equipe, dando boa resposta, executando função diferença do que a que começou a carreira. Pensamos muito, de repente à frente podem ter uma oportunidade"
Evolução
"As pessoas às vezes não têm ideia do que é atuar com equipes que não estão tão bem na tabela. Pode ter certeza, é natural que Peru e Chile têm uma história e essa história tem que ser respeitada. Tentamos fazer partidas dentro do que já vínhamos tentando. Tivemos de diferente um comportamento um pouco mais agressivo quando à retomada e combate para que tivéssemos bola. Quando estávamos com a posse, nossa mobilidade e movimentação se fizeram muito mais marcantes em razão de estarmos atacando muito mais os espaços, criando situações desconfortáveis nas duas equipes. Na segunda partida, contra o Peru, tivemos o jogo mais seguro. Sinal de evolução. Embora entenda que possa ter oscilações. Os jogadores entendem um pouco mais do que precisamos. Que a gente não tenha a posse pela posse, mas que provoque desconforto à linha adversária, aos volantes. Quando aos meias, vários jogadores executam e desenvolvem situações interessantes. O Estevão tem toda característica de um meia. Acredito que com tempo de trabalho ele possa executar uma função como essa. São jogadores que você precisa implantar e dar oportunidades. Esse quebra-cabeça é desafiador. Fazer com que jogadores de grande nível possam se desenvolver pelo coletivo"
O que precisa melhorar
"Muitos pontos precisam de ajustes. Cada partida vai provocar situação desconfortáveis e favoráveis. Vai depender do adversário, da nossa partida. Essas soluções a gente encontra no momento. A gente vai ter que aproveitar os períodos de trabalho antes das partidas. É uma aceleração de processo para podermos encontrar o caminho. A equipe vem ganhando consistência. Faltando ainda alguns aspectos entre transição, chegada e definição, que foram encontrados nas duas últimas apresentações, mas precisam melhorar. Equilíbrio maior entre uma defesa sólida e uma transição e definição bem desenvolvida"
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