Corinthians se classificou na Copa do BrasilGustavo Aleixo/Cruzeiro
Os cruzeirenses foram capazes de trocar passes no campo de ataque e levaram desconforto aos corintianos, que tiveram poucos momentos de desafogo durante a primeira metade da etapa inicial. Uma defesa brilhante de Hugo Souza em voleio tão brilhante quanto de Matheus Pereira gerou duplo susto nos alvinegros, já que Sinisterra pegou o rebote e só mandou para fora porque foi travado por Gustavo Henrique.
Dominado no Mineirão, o time celeste dava as cartas em Itaquera. Mesmo pressionado pela tentativa de marcação alta dos donos da casa, encontrava os espaços necessários para fazer a transição. Hugo Souza foi essencial para evitar que o Cruzeiro igualasse o placar agregado. A maioria das vezes em que o Corinthians esteve no campo de ataque foi pelo lado direito, por onde Yuri Alberto tinha de brigar com dois ou mais marcadores para tentar levar o lance adiante.
A superioridade cruzeirense passou a ser total mais perto dos minutos finais. Foi muito comum ver os defensores corintianos triando bolas rasteiras perigosíssimas de dentro da área. Após algumas tentativas pelo chão, o Cruzeiro resolveu na bola área, com um gol de cabeça marcado por Arroyo, que saiu do banco para entrar no lugar do lesionado Sinisterra, após cruzamento de William.
O Corinthians voltou para o segundo tempo com Raniele e Rodrigo Garro nas vagas antes ocupadas por Martínez e Carrillo, respectivamente. Ainda aos cinco minutos, Arroyo fez o segundo gol cruzeirense, em contra-ataque. O bandeirinha chegou a marcar impedimento, mas o lance foi analisado pelo VAR e validado pela arbitragem.
Acelerado pela necessidade, o Corinthians se entregou aos cruzamentos e, depois de equívocos, Matheus Bidu usou a cabeça para aproveitar cruzamento de Garro, em cobrança de falta, para diminuir e incendiar a Neo Química Arena. Mais combativo no meio de campo, o time alvinegro ganhou espaço no setor ofensivo e se expôs ao risco em determinados momentos, mas teve sucesso em barrar os contra-ataques cruzeirenses.
Mais confiantes, os jogadores corintianos se mobilizavam para roubar a bola ainda no campo cruzeirense e achavam alternativas diferentes da bola área para incomodar o goleiro Cássio. Chutes de fora da área de Memphis e Garro cumpriram essa função e forçaram grandes defesas do ex-corintiano. Em curto espaço de tempo, ainda houve uma bola carimbada no travessão pós-bicicleta de Matheus Bidu e um chute de Maycon na trave.
Bidu era um dos nomes que comandavam a reação alvinegra, com toques rápidos e tabelas eficientes pela esquerda, aproveitando com inteligência espaços curtos. Ter Garro em campo também fazia a diferença aos donos da casa para desenvolver o jogo pelo meio. O risco do contra-ataque cruzeirense, contudo, estava sempre à espreita. Bola no pé de Matheus Pereira era sempre motivo para o torcedor corintiano prender a respiração. Nenhum dos dois times voltou a marcar e a decisão foi para os pênaltis.
Nas penalidades, Matheus Pereira converteu o primeiro pênalti celeste e Yuri Alberto parou em Cássio. Em seguida, Wanderson e Memphis marcaram, antes de William também guardar, assim como fez Garro pelo Corinthians.
Hugo Souza até acertou o canto, mas não conseguiu defender a penalidade de Lucas Silva. O mesmo ocorreu com Vitinho no enfrentamento com Cássio. Hugo tinha de pegar a cobrança de Gabigol para manter os corintianos vivos, e foi isso que ele fez Pouco depois, Gustavo Henrique marcou. Hugo defendeu a última cobrança, de Walace, e Breno Bido converteu para colocar o time paulista na final.


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