SAF do Botafogo, que pertence a John Textor, teve quatro treinadores e um interino em menos de um anoVitor Silva/Botafogo
Publicado 22/02/2024 18:48 | Atualizado 22/02/2024 18:49
No início da SAF, o Botafogo manteve seu técnico por 1 ano e três meses e só foi obrigado a mudar porque Luís Castro aceitou proposta do Al-Nassr, da Arábia Saudita. A partir da saída do português, o Glorioso parece ter voltado aos tempos dos dirigentes amadores e trocou de técnico três vezes entre 3 de outubro de 2023 e esta quinta-feira (22), com a demissão de Tiago Nunes.
Foram três trabalhos ruins interrompidos (Nunes, Bruno Lage e Lucio Flavio), o que mostra não apenas a parcela de culpa dos treinadores, como também das escolhas feitas pela diretoria alvinegra. E mais: desde que ficou sem Castro, o Botafogo deu no máximo três meses para um profissional trabalhar e menos de 20 jogos.
O primeiro foi o também português Bruno Lage, que assumiu em 8 de julho de 2023. Até sua chegada Cláudio Caçapa foi o escolhido às pressas para ser o interino e o único que mostrou resultado (com 100% de aproveitamento em quatro jogos).

Português tem o melhor aproveitamento

Já Lage, uma escolha do dono da SAF, John Textor, teve a missão de manter o desempenho arrebatador do time no Brasileirão, chegando a 14 pontos de vantagem. Entretanto, escolhas na escalação e o trabalho o fizeram perder o elenco, junto aos resultados ruins.
Com as derrotas, ele perdeu força e acabou demitido em 3 de outubro, muito em função da pressão do grupo por mudança. Em quase três meses, o técnico português saiu com apenas 16 jogos e aproveitamento de 45,8% (cinco vitórias, sete empates e quatro derrotas), o que acabou sendo o melhor.

Aposta caseira do Botafogo dá errado

Foi a vez de apostar em Lucio Flavio, auxiliar que já conhecia o grupo e assumiu no dia seguinte. Uma escolha em especial do diretor André Mazzuco. Só que a inexperiência do ex-jogador em seu primeiro grande trabalho cobrou o preço em jogos chaves, com viradas sofridas ou gols tomados no fim, em especial contra o Palmeiras, que viria a ser campeão.
Com apenas duas vitórias em sete jogos, além de quatro derrotas e um empate, o técnico foi demitido em 14 de novembro. Diante do desempenho de 33,3%, o pior entre os três, o Botafogo resolveu mudar novamente, pouco mais de um mês depois, para tentar salvar o Brasileirão.

Sem vitória sobre grandes clubes

Tiago Nunes então assumiu, em 16 de novembro, com a missão de recuperar jogadores abalados mentalmente e buscar o título que escorria pelas mãos. Escolhido pela diretoria da SAF, não conseguiu o objetivo e o time piorou com suas mudanças táticas. Mesmo com a pré-temporada e o tempo para treino, as opções seguiram sem dar certo.
O mais novo ex-técnico do Botafogo ficou pouco mais de três meses, sendo que um foi de férias do elenco. Foram apenas 15 partidas, com aproveitamento de 42,2%. As míseras quatro vitórias foram contra clubes pequenos do Rio, enquanto o Glorioso empatou sete vezes e perdeu quatro.
Agora, o novo técnico será uma escolha de Textor. E a torcida espera que, além de o profissional fazer um trabalho por mais tempo, consiga melhores resultados e recupera um time que não consegue mais se encontrar.
 
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