John Textor e o senador Jorge Kajuru durante sessão da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas Marcos Oliveira / Agência Senado
Publicado 21/05/2024 17:55
O presidenta da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), não gostou de uma mudança de postura do dono da SAF do Botafogo, John Textor. Segundo o político, ao entregar o dossiê que utiliza para denunciar casos de manipulação inclusive no Brasileirão, o empresário americano havia concordado que parte das informações fossem tornadas públicas, mas voltou atrás.
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"Eu, como presidente da CPI, recebi tudo. A única coisa que estou chateado com ele é que, na videoconferência comigo, ele disse que parte das provas eu poderia dar publicidade. De repente, ele me pede sigilo de tudo. Não gostei dessa atitude e reclamei com seus advogados, que prometeram até amanhã (quarta-feira) uma nova posição", disse Kajuru em seu programa na rádio Rádio BandNews Goiânia.
Além disso, o senador espera por provas concretas de Textor, diante do que denunciou sobre os casos de manipulação de jogos.
"Vamos esperar para ver o que ele tem realmente de bala na agulha, porque, se ele não apresentar nada, não haverá nenhuma dúvida mais: ele queria fazer uma confusão no futebol brasileiro. Tem manipulação, isso não há dúvida, mas não do jeito que ele denunciou, esbravejou, e aí ele vai ser banido do futebol brasileiro", ameaçou.
John Textor foi a primeira testemunha convidada para a CPI, em sessão realizada em 22 de abril. O empresário americano, inclusive, teve uma reunião a portas fechadas e apresentou lances com fortes suspeitas de que houve manipulação. Em alguns deles, como na goleada do Palmeiras por 5 a 0 sobre o São Paulo, os senadores saíram convencidos de que havia evidências.
"Ele fala em cinco jogadores que se venderam, que receberam propina da bilionária presidente do Palmeiras, Leila Pereira. Tem razão? Dois lances, dos cinco, eu, Romário e os demais senadores ficamos em dúvida. Vamos mostrar na CPI para todo o Brasil e todos vão poder julgar e, principalmente, a Justiça", completou.
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