John TextorRoque de Sá / Agência Senado

Rio - O administrador do futebol do Botafogo, John Textor, de 58 anos, compareceu nesta segunda-feira, em Brasília, para dar seu depoimento à CPI do Senado que apura a manipulação de jogos e apostas esportivas. O norte-americano afirmou que este tipo de fraude no esporte acontece em outros países do mundo.
"O que nós descobrimos não é nada diferente do restante do mundo, Bélgica, França, toda a Europa. A manipulação de resultados [no futebol] é uma realidade", disse Textor.
A CPI foi instaurada antes das declarações de John Textor sobre supostas manipulações nos Brasileiros da Série A e B em 2022 e 2023. No ano passado, antes do posicionamento do empresário, alguns jogadores de futebol foram afastado por se envolverem em manipulações envolvendo jogos das Séries A e B de 2022. Textor afirmou que deseja combater a prática no esporte.
"Sou dono de um clube, quero ganhar campeonatos e se eu puder provar, além de uma margem de dúvida, que 2022 foi manipulado, que 2023 foi manipulado, juntos de outras evidências de anormalidades, poderia fazer com que o Tribunal Desportivo, a polícia e esse corpo legislativo possam tomar ações", afirmou.
John Textor declarou que o Palmeiras foi beneficiado em partidas contra o Fortaleza e o São Paulo nos Brasileiros de 2022 e 2023 e apresentou ao STJD na última semana o nome dos atletas que teriam supostamente participado da manipulação.
"Não são erros na aplicação das regras, percebi que não era uma falha de interpretação. As regras para marcar impedimento, faltas, os jogos que assisti, que afetou o Botafogo indiretamente, tratei de enxergar por uma nova perspectiva", expôs o empresário.