Publicado 26/11/2024 07:00
O Botafogo está de olho na final da Libertadores, sem tirar o foco da partida decisiva com o Palmeiras, nesta terça-feira (26), às 21h30 no Allianz Parque. Afinal, na semana em que disputa dois títulos, é a chance da redenção após o pesadelo do fim do ano passado. Ainda mais para Cristian Santos do Nascimento, o Pantera, que tem na pele a lembrança do trauma, com uma tatuagem sobre o título do Brasileiro de 2023, perdido para os paulistas.
PublicidadeÉ uma nova rivalidade que o torcedor acha ser maior do que contra Vasco e Fluminense, e menor apenas do que a do Flamengo. Ainda mais por tudo o que aconteceu há um ano e que pode resultar numa solução para o problema criado em 2023.
"A tatuagem foi um ato de confiança porque eu acredito que o torcedor é uma das das peças principais para alavancar time e jogadores. Foi um negócio que veio na minha mente. Infelizmente a gente não conseguiu ser campeão, mas é só mudar o 3 pelo 4, está tudo certo. Vou fazer uma nova com tudo de novo? Seria loucura", diz Cristian, que estará no estádio na terça.
A marca que pode ser atualizada
Criador de conteúdo na internet, ele fez uma aposta de risco, mas que era difícil de perder àquela altura do campeonato. Antes da 26ª rodada do Brasileiro, no início de outubro, o torcedor tatuou no antebraço direito um escudo do Botafogo e os títulos de 1968 e 1995, além do que estava por vir em 2023.
Afinal, eram nove pontos de vantagem para o segundo colocado (Bragantino) e 11 para o Palmeiras, em quarto. A derrocada no fim deixou uma marca na pele que muitos não gostariam de ter.
Mas Cristian não quis apagar e, hoje, redobra a confiança, mesmo com a perda da liderança na reta final mais uma vez.
"O título está na mão, só o Botafogo fazer o dever de casa. Deixou de ganhar seis pontos contra times inferiores, isso não prejudicou tanto, só deixou o campeonato em aberto. Eu acredito que vai surpreender o Palmeiras lá. Ano passado serviu de exemplo para 2024, e os jogadores vão dar esse título tão esperado há 29 anos pela torcida", completa.
Nova tatuagem para a Libertadores
Além de atualizar a 'tattoo' de 2023, Cristian pode fazer uma nova, no outro braço, com o título da Libertadores. Mas nesse caso, prefere esperar a final. E essa não é a única promessa se a inédita conquista sair no sábado (30).
E aí, os rivais que se cuidem na rua para aturar as provocações.
"Se ganhar, vou postar durante 15 dias seguidos... Vai ser assim: 'Oi, eu sou o Pantera, campeão da Libertadores' e entra o vídeo comigo perturbando (alguém). No dia seguinte, a mesma coisa. Aturei muita gente já, ouvi muita gracinha. Agora é a minha hora", avisa.
Crescimento junto ao Botafogo
Pantera, como é conhecido, tornou-se um fenômeno na internet no ano passado, com seus vídeos no Instagram e Tik Tok provocando vizinhos que torcem por rivais, no bairro Vargem Pequena, no Rio. Ele se autointitula o "torcedor mais chato do Botafogo".
Cristian garante que já fazia essas provocações nos momentos difíceis do clube nos últimos anos: "Sempre fui assim, na Série B, no Carioca. Só que a fase agora é outra, a gente tem dinheiro, clube de ponta. Chegando os títulos então, esquece!".
E as brincadeiras ganharam uma nova proporção à medida que a SAF, comprada por John Textor, começou a mudar a história. Com as vitórias e o bom momento de 2023, o torcedor decolou junto. O primeiro vídeo foi gravado por um primo, que sugeriu que fosse postado. E fez enorme sucesso.
E o até então funcionário de um supermercado, passou a viver exclusivamente com os conteúdos que produz hoje. São mais de 150 mil seguidores apenas no Instagram.
"Em 2023, estava de de férias e acabei discutindo (por causa de provocação) com um vizinho. Meu primo gravou e falou para eu postar. Acho que eu tinha 800 seguidores. Aí, postei e, no dia seguinte, eu tinha uns 7 mil, e mais de 100 mil visualizações. Veio a ideia de gravar o que eu fazia perturbando os outros. Repercutiu, apareci em programas de TV, tive propostas de publicidade e assim fui perturbando de maneiras diferentes. A vida melhorou bastante, graças a Deus", conta.
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