Publicado 05/08/2024 16:22 | Atualizado 06/08/2024 09:06
Rio - Ídolo do Flamengo, Adílio morreu nesta segunda-feira (5) e deixará muitas saudades não só no coração dos rubro-negros por tudo que fez nas décadas de 1970 e 1980, como também por seu jeito carinhoso e atencioso. Nos últimos anos, uma ação do ex-jogador chamou atenção e envolveu outro grande ídolo, este de um rival, a superar uma grave doença: o alcoolismo. O corpo do ícone rubro-negro será velado, nesta terça-feira, na sede do Flamengo, na Gávea, a partir das 10 h (de Brasília).
PublicidadeEssa é uma das histórias de amizade mais belas do futebol carioca: Adílio, um dos craques do Flamengo, e Mendonça, ídolo do Botafogo com passagem entre 1975 e 1982, com 118 gols em 342 jogos, que faleceu em 2019.
Mendonça se aposentou em 1996 vestindo a camisa do Barra Mansa. Com o fim da carreira, o ex-jogador começou a consumir bebidas alcoólicas e enfrentou problemas de saúde por quase duas décadas. Até que apareceu Adílio, seu amigo desde os 11 anos quando ambos davam os primeiros passos no futebol.
Em 2017, Adílio buscou uma clínica de recuperação para dependentes químicos e conseguiu, mesmo diante de toda dificuldade, que o amigo aceitasse a internação. Ele ficou cerca de seis meses em um espaço no bairro de Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio.
Adílio é o primeiro titular do histórico time do Flamengo de 1981 a morrer Adílio levou experiência do Flamengo para ajudar no crescimento de clube do Equador
Adílio, em uma entrevista ao Grupo Globo em 2019, destacou que Mendonça era um "grande irmão" e que fez de tudo, com conselhos, convites e atividades, visando o afastamento do vício do álcool. Na época, o ex-jogador do Botafogo, que marcou lindo gol eliminando o Flamengo do Brasileiro de 1981 com drible sobre Júnior que ficou conhecido como "Baila Comigo", exaltou o companheiro rubro-negro.
"O Adílio foi a pessoa que eu escutei, a primeira pessoa que eu escutei foi ele, aí eu falei: 'tinha que ser ele, tinha que ser aquela figura mesmo'", disse Mendonça, em 2017, em meio à recuperação.
Mendonça morreu em 2019 após cair de uma escada na estação de trem Guilherme da Silveira, em Bangu. Ele ficou dois meses internado no CTI do Hospital Albert Schweitzer com fígado e rins comprometidos.
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