Publicado 05/04/2024 07:00
As poucas finalizações do Fluminense no 1 a 1 com o Alianza Lima, na quarta-feira (3) pela Libertadores, são uma questão não resolvida por Fernando Diniz nos 18 dias de intervalo sem jogos. O problema de chutes certos já havia aparecido em outras partidas importantes do time na temporada, independentemente dos desfalques de agora.
Tanto que o empate no Peru não foi a primeira vez que o Tricolor não finalizou no primeiro tempo, o que já havia acontecido na semifinal do Carioca contra o Flamengo. Consequentemente, nos sete compromissos mais relevantes em 2024, a média de chutes certos é de apenas 2,42 por jogo, sendo que apenas três gols foram marcados.
"De fato, temos que melhorar no quesito finalização. A gente está trabalhando, treinamos muito. O Diniz está cobrando muito de nós, atletas, para termos profundidade", admitiu Felipe Melo.
Contra o Alianza Lima, foram apenas duas finalizações no alvo, em 11 tentativas. No primeiro jogo da semifinal, o Fluminense não acertou o gol de Rossi e, no segundo, apenas uma vez. Ao todo, o time finalizou oito e 14 vezes, respectivamente. Os números são do SofaScore.
Seis finalizações certas foi o máximo do Fluminense
O melhor desempenho ofensivo, nos principais jogos de 2024, foi na conquista da Recopa, quando o Tricolor venceu por 2 a 0 a LDU, que se limitou a defender e permitiu 27 finalizações no Maracanã. Apesar do domínio, o time também teve muitas dificuldades em criar chances reais, tanto que acertou o alvo apenas seis vezes.
Mesmo número no empate em 0 a 0 com o Vasco, pela Taça Guanabara, quando teve 14 finalizações. Já no primeiro Fla-Flu do ano e na altitude de Quito contra a LDU, o time de Diniz deu apenas dois chutes no alvo.
Mas o que explica esse baixo desempenho ofensivo? Um dos motivos está na troca de passes com lentidão do time, que não apresenta a mesma dinâmica na movimentação dos jogadores para abrir espaço, como nos grandes momentos de 2023. Com isso, as triangulações características diminuíram, assim como a precisão nos passes e a profundidade.
Mais estático, o Fluminense torna-se alvo fácil dos marcadores, perdendo mais vezes a bola, tanto contra defesas postadas atrás como as que marcam por pressão na frente. Contra o Alianza, foram 115 perdas, e contra a LDU, 120 e 99. Nos quatro clássicos que disputou com time titular, a média foi de 73.
"Quando a linha está muito baixa, é difícil você achar espaços para chutar. Eu concordo que, quando tivermos a oportunidade, precisamos chutar. Não necessariamente a bola vai entrar. Mas pode desviar e entrar, ou gerar escanteio", avaliou Diniz, sobre os poucos chutes de fora da área.
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