Publicado 25/04/2024 07:00
Rio - Pela terceira vez na história, Fluminense e Cerro Porteño, do Paraguai, se enfrentam em competições continentais. Após se enfrentarem no mata-mata da Sul-Americana de 2009 e Libertadores de 2021, as equipes se reencontram nesta quinta-feira (25), às 19h (de Brasília), no Estádio General Pablo Rojas, em Assunção, pela 3ª rodada da fase de grupos da Libertadores, e escrevem um novo capítulo da rivalidade.
PublicidadeHá três anos, Fluminense e Cerro Porteño se enfrentaram nas oitavas de final da Libertadores. Assim como na semifinal da Sul-Americana de 2009, o Tricolor se classificou, mas dessa vez sem briga generalizada. Entre os relacionados para a partida desta quinta, seis nomes são remanescentes do último encontro: Samuel Xavier, Manoel, André, Martinelli, Ganso e Calegari.
Além dos seis, o atacante John Kennedy também esteve no último jogo e ainda segue no elenco, mas não foi relacionado para a partida válida pela 3ª rodada. O autor do gol do título da Libertadores de 2023 foi afastado junto com outros três jogadores por indisciplina na concentração do clássico com o Vasco, no último sábado (20), na Barra da Tijuca.
Já do lado do Cerro Porteño, seis jogadores também permaneceram desde o último encontro. O goleiro Jean foi o único que atuou as duas partidas da atual edição da Libertadores. Federico Carrizo também jogou os dois jogos, mas saindo do banco, e fez o gol da vitória sobre o Alianza Lima. Já Enzo Giménez jogou uma. Rafael Carrascal não jogou na Libertadores, mas soma 10 partidas pelo Campeonato Paraguaio. Já Miguel Martínez e Rodrigo Delvalle sequer entraram em campo no ano.
O que mudou no Cerro Porteño?
A maior mudança no Cerro Porteño desde o último encontro com o Fluminense foi fora de campo. Em 2021, a equipe era comandada pelo ex-jogador Francisco Arce, mas não parecia ter uma identidade. Hoje, o time paraguaio tem uma sob o comando do espanhol Manolo Jiménez. O treinador assumiu em março e, desde então, o time atravessa uma boa fase.
Manolo Jiménez, de 60 anos, já teve passagens por clubes como o Sevilla. O Cerro Porteño é o vice-líder do Campeonato Paraguaio. Nos últimos três jogos, venceu todos e não sofreu gols. A última derrota aconteceu no dia 9 de março, 10 dias antes do treinador espanhol ser contratado, ainda sob o comando do argentino Victor Bernay.
Já dentro de campo, o Cerro Porteño tem nomes conhecidos do futebol brasileiro. Além do goleiro Jean, que teve passagens por São Paulo e Atlético-GO, o time paraguaio conta com o zagueiro Eduardo Brock, ex-Cruzeiro, o volante Piris da Motta, ex-Flamengo, e os centroavantes Edu, ex-Coritiba e Cruzeiro, e Churín, ex-Grêmio. Com exceção do último, o restante é titular com Manolo Jiménez.
E o que mudou no Fluminense?
Desde o último encontro com o Cerro Porteño, o Fluminense se consolidou entre as principais forças do futebol brasileiro e sul-americano. No ano passado, conquistou a tão sonhada Libertadores e foi vice-campeão do Mundial de Clubes. Dentro de campo, apenas o lateral-direito Samuel Xavier e o volante Martinelli permaneceram titulares.
Já Manoel, que foi titular contra o Cerro Porteño em 2021, não vinha começando as partidas. O zagueiro foi titular contra o Vasco, mas até então estava como opção no banco. Vale lembrar que ele ficou suspenso por oito meses por doping. André e Ganso, por sua vez, foram promovidos ao time titular e se tornaram essenciais para o sucesso do Fluminense nesse período.
Além deles, o lateral Calegari foi reserva há três anos e voltou a ser relacionado pelo Fluminense para o jogo desta quinta. O jogador foi emprestado para o Los Angeles Galaxy, dos Estados Unidos, no ano passado, e retornou nesta temporada. Foi a primeira vez que ele foi relacionado pelo técnico Fernando Diniz em 2024.
Do time que iniciou a partida há três anos, nomes como Marcos Felipe, Luccas Claro, Egídio, Yago Felipe, Nenê, Luiz Henrique e Gabriel Teixeira deixaram o clube, enquanto Fred encerrou a carreira. O técnico Roger Machado também não segue no clube, tendo sido substituído no mesmo ano por Marcão e, posteriormente, Abel Braga, em 2022.
Mas não há dúvidas que a maior mudança do Fluminense foi criar uma identidade de jogo. Desde a chegada do técnico Fernando Diniz em maio de 2022, o Tricolor saltou para outro nível e conquistou a Libertadores. O "Dinizismo" ajudou a desenvolver jovens como André, Martinelli e Arias, e recuperou o bom futebol de jogadores como Ganso. Além disso, as chegadas de veteranos como Fábio, Felipe Melo, Marcelo e Cano também contribuíram para o sucesso.
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