Publicado 26/02/2021 09:30
Rio - Quatro vezes campeão brasileiro, o Vasco ostenta o número similar e negativo de quedas para a Segunda Divisão. Em 122 anos, o clube construiu uma das mais belas histórias no esporte brasileiro, de inclusão social e combate ao racismo no futebol, e, títulos, muitos títulos. Jogadores que entraram para a galeria de heróis e ídolos da Colina lamentam o célere declínio. No intervalo de apenas 12 anos, o Cruzmaltino foi rebaixado quatro vezes.
Sorato tem um papel de destaque no vitorioso período do clube. Os fanáticos torcedores que cresceram na década de 80 certamente lembram do cruzmento de Luis Carlos Winck na cabeça do atacante, que garantiu a vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo, no Morumbi, e bicampeonato brasileiro do clube no dia 16 de dezembro de 1989. O ex-atacante, hoje, com 51 anos, repetiu a dose pelo Palmeiras, em 93, e na volta à Colina, em 97. A aposentadoria não diminuiu a paixão pelo clube, que lamenta os seguidos repetidos erros desde o primeiro rebaixamento, em 2008.
"Infelizmente, esse processo já vem acontecendo há algum tempo. O clube vive em dificuldade, acumulando um histórico administrativo e financeiro ruim. Tudo isso reflete no atual momento. É uma pena. O torcedor é o mais prejudicado, pois vem sofrendo ao longo dos últimos anos com campanhas que não condizem com a grandeza do clube. Essa dificuldade não é novidade para o Vasco, que tem se limitado a disputar posições do do meio para baixo da tabela nos últimos anos", destacou Sorato.
Virtualmente rebaixado após o empate com o Corinthians, domingo, em São Paulo, o Vasco desenhou o quarto descenso o longo de uma campanha irregular, com pouco investimento em reforços e três técnicos diferentes ao longo da competição. Ídolo do clube, o ex-zagueiro Mauro Galvão fez coro a Sorato.
"A gestão foi totalmente sem ideia, forma de trabalho e planejamento. Não houve continuidade de treinadores, jogadores foram contratados sem a menor condição de vestir a camisa do Vasco. Parece que não há um estudo antes de contratar. Cada técnico indica reforços, depois vai embora e os jogadores continuam. Eles tinham que ir embora junto com os técnicos", disse Mauro.
No ano passado, o Vasco enfrentou mais um longo e polêmico processo eleitoral, que terminou coma vitória de Jorge Salgado no embate com Luiz Roberto Leven Siano, via Justiça. A crise política, no entanto, foi constante no cotidiano do antecessor Alexandre Campello, que sofreu com a debandada da maioria de seus vice-presidentes ao longo da gestão. Nos bastidores, o ambiente ficou cada dia mais instável com pelo atraso no pagamento do salários de jogadores e funcionários. Companheiro de zaga de Mauro Galvão no período áureo do Vasco, Odvan crê que instabilidade política influenciou o rendimento nas quatro linhas.
"A gestão foi totalmente sem ideia, forma de trabalho e planejamento. Não houve continuidade de treinadores, jogadores foram contratados sem a menor condição de vestir a camisa do Vasco. Parece que não há um estudo antes de contratar. Cada técnico indica reforços, depois vai embora e os jogadores continuam. Eles tinham que ir embora junto com os técnicos", disse Mauro.
No ano passado, o Vasco enfrentou mais um longo e polêmico processo eleitoral, que terminou coma vitória de Jorge Salgado no embate com Luiz Roberto Leven Siano, via Justiça. A crise política, no entanto, foi constante no cotidiano do antecessor Alexandre Campello, que sofreu com a debandada da maioria de seus vice-presidentes ao longo da gestão. Nos bastidores, o ambiente ficou cada dia mais instável com pelo atraso no pagamento do salários de jogadores e funcionários. Companheiro de zaga de Mauro Galvão no período áureo do Vasco, Odvan crê que instabilidade política influenciou o rendimento nas quatro linhas.
"O rebaixamento do Vasco é consequência de uma sequência de decisões erradas. Um candidato venceu a eleição (Leven Siano), mas não levou. O novo presidente (Jorge Salgado) não tem projeto. Tudo que começa errado não pode terminar bem. Salários atrasados, crise política... Tudo isso pesa, tira a tranquilidade dos jogadores, que não são os maiores culpados. A vaidade política prejudica o clube, o torcedor. Fico triste. Agora, o presidente eleito precisa se posicionar, colocar a cara e não transferir a responsabilidade os jogadores", destacou Odvan, campeão em 97 e 2000, mas presente no primeiro rebaixamento, em 2008.
Dono de um currículo invejável, que inclui o título da Copa do Mundo dos Estados Unidos, em 1994, Bebeto celebrou a única conquista do brasileiro na carreira pelo Vasco. Ídolo do Flamengo, foi contratado pelo arquirrival em 1989 numa das negociações mais importantes da história do futebol brasileiro. Com um lugar reservado na memória do clube, o ex-atacante 'chora' pelo triste momento do clube.
"É complicado. Essa obrigação de tirar 12 gols… Praticamente impossível. Meu filho Roberto é vascaíno e está muito triste com essa situação. Eu fico também. Tive a felicidade de jogar lá e ser campeão", disse Bebeto ao 'Terceiro Tempo'.
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