Marcelo Cabo admitiu dificuldades encontradas pelo Vasco, mas ressaltou que seu trabalho tem apenas 15 diasRAFAEL RIBEIRO
Por O Dia
Publicado 18/03/2021 20:51
Poços de Caldas - Não foi uma exibição de gala. E Marcelo Cabo tem consciência dos prós e contras apresentados pelo Vasco no empate com a Caldense por 1 a 1, nesta quinta-feira, em Poços de Caldas. Com o amplo processo de reformulação em curso, o treinador valorizou a classificação para a segunda fase da Copa do Brasil, que garantiu aos cofres do clube a premiação de R$ 675 mil.
No entanto, a mudança de comportamento do Vasco no segundo tempo deixou muitos torcedores apreensivos. Passivo e recuado, o Cruzmaltino aceitou a pressão dos donos da casa e o jogo ganhou um clima tenso após o empate. Segundo o treinador, o gramado do Ronaldo teve influencia na queda de rendimento.
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"Fizemos um bom primeiro tempo, conseguimos até colocar um pouco da nossa ideia do jogo, porém, a grande dificuldade foi o piso do gramado. Isso dificultou a característica da nossa equipe, o jogo apoiado e que bota a bola no chão. Ficou um jogo muito competitivo, muito corporal, de segunda bola. Minha equipe não era um time de imposição física, essa foi a principal dificuldade. Pegamos uma equipe invicta. Sabíamos que íamos pegar uma equipe que criaria muita dificuldade, talvez o mais difícil, mas o mais importante era a classificação. Tivemos bom momento técnico, de boa competitividade. O jogo ficou muito de segunda bola, muito aéreo, e isso nos prejudicou um pouco", disse Cabo, na coletiva.
Sem tempo a perder, o treinador já pensa no clássico com o Botafogo, sábado, às 18h, em São Januário. Penúltimo colocado na Taça Guanabara, com um ponto conquistado em três rodadas, o Vasco poderá contar com a volta de Léo Matos, Leandro Castan e Cano no fim de semana. Cabo terá pouco tempo para corrigir os problemas identificados no segundo tempo.

"Depois dos 20, 25 minutos, a Caldense se atirou bem, estavam trabalhando muito a segunda bola e a bola diagonal. Quando eles perdiam e pressionavam a bola, a gente perdia pela irregularidade. Teríamos que usar a bola longa. Há o mérito da Caldense de encaixar a segunda bola. Tentamos alguns artifícios de substituição para não sermos pressionados. Acho que foi muito mais pela fadiga, temos 15 dias de trabalho. É muito pouco para estar na plenitude física, técnica e tática. Ficou um jogo muito de ligação direta e segunda bola", avaliou Cabo.
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