São Januário é a casa do VascoDaniel Ramalho/Vasco
Jornalista critica decisão da Justiça sobre São Januário: 'Racista e discriminatório'
Despacho do TJ-RJ citou presença de comunidade nos arredores do estádio do Vasco
Rio - A novela envolvendo as condições de São Januário para receber os jogos do Vasco em partidas do Brasileirão ganhou mais um capítulo. Entretanto, a mais nova atualização da Justiça deixou torcedores, gestores do Cruz-Maltino e jornalistas, como Vitor Sérgio Rodrigues, da "TNT Sports", revoltados.
Isso porque o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) deferiu um despacho que carregou explicações inimagináveis, tal qual os arredores de São Januário. O documento cita a presença da comunidade Barreira do Vasco, as ruas estreitas e até mesmo que torcedores "ficam embriagados antes de entrarem no estádio".
"Para contextualizar a total falta de condições de operação do local, partindo da área externa à interna, vê-se que todo o complexo é cercado pela comunidade da barreira do Vasco, de onde houve comumente estampidos de disparos de armas de fogo oriundos do tráfico de drogas lá instalado o que gera clima de insegurança para chegar e sair do estádio. São ruas estreitas, sem área de escape, que sempre ficam lotadas de torcedores se embriagando antes de entrar no estádio", diz trecho do documento.
Com a publicação do material, Vitor Sérgio Rodrigues não poupou críticas quanto à decisão do TJ-RJ, em participação no programa "De Placa".
"Um dos parágrafos mais racistas e discriminatórios que eu me lembre da história. Esse despacho é uma das coisas mais discriminatórias que eu me lembre de já ter lido na história do Brasil, desde que a escravidão era permitida. É inacreditável", disse Vitor Sérgio.
O Vasco não joga com público em São Januário desde o jogo contra o Goiás, pela 11ª rodada do Brasileirão.
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