Rafael Paiva foi o técnico interino do Vasco até a chegada de Álvaro PachecoLeandro Amorim/Vasco
Publicado 22/05/2024 01:06
Rio - O interino Rafael Paiva viveu um carrossel de emoções em sua despedida do comando do Vasco. Em seu último jogo, o Cruz-Maltino empatou em 3 a 3 com o Fortaleza, mas venceu por 5 a 4 nos pênaltis e avançou às oitavas de final da Copa do Brasil. Passada a euforia da classificação, em entrevista coletiva, o treinador analisou o confronto.
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"A gente pegou um momento difícil. Nossa primeira ideia foi resgatar a confiança dos jogadores. Falamos de equilíbrio, estar bem postados. A gente conseguiu dar mais confiança para os atletas. É um grupo calejado, de atletas experientes, mas precisávamos de confiança. Conseguimos no jogo de lá com o Fortaleza, voltamos vivos. Sofremos contra o Athletico-PR, mas conseguimos se segurar apesar da derrota. Evoluímos um pouco contra o Vitória, tentamos jogar um pouco mais. Sabíamos que seria difícil com o Fortaleza, mas conseguimos o objetivo final, que era a classificação", destacou.
Paiva passa o comando do Vasco para o português Álvaro Pacheco, que acompanhou a partida de um dos camarotes de São Januário ao lado de dirigentes e membros da comissão técnica. O interino revelou contato antes mesmo de o novo treinador ser anunciado - o que aconteceu nesta terça-feira (21).
"Sobre o Álvaro, a gente já estava conversando com ele. Mesmo de longe, o tempo todo nos passando confiança também. É um cara de uma energia enorme. Desde quando ele chegou, nos colocou pra cima o tempo todo. Nos ajudou no que era possível. Ele esteve presente na concentração, no vestiário. E a gente conseguiu fazer essa transição boa pra ele. E ele já tá bem a par de todas as situações aí", contou.
Contra o Fortaleza, o Vasco chegou a estar atrás do placar em duas oportunidades, e Rafael Paiva foi chamado de "burro" pelos torcedores ao promover as entradas de Puma Rodríguez e Mateus Carvalho nos lugares de Galdames e João Victor. 
O tempo foi amigo e, minutos depois, Puma deu assistência para Vegetti deixar tudo igual. Na sequência, Piton virou e Hércules, aos 43, empatou levando a decisão para os pênaltis.
"A opção da troca do João era porque precisava entrar com lateral ali e o João já tinha o cartão amarelo, e eu não ia deixar um jogador amarelado ali. A gente saltando um pouco mais alto (a pressão), tomando algumas transições. Então a ideia foi simplesmente pelo cartão amarelo, e para colocar o Puma, e a gente já tinha trabalhado isso na semana também", explicou o treinador interino.

Confira outras respostas:

Ausência de Hugo Moura
"A gente levou muito em consideração a semana, foi isso que a gente passou desde o início para todos os atletas. O Galdames e o Sforza conseguiram nos dar o equilíbrio que a gente queria. A gente precisava se proteger ali defensivamente, mas também construir. Então foi em cima disso (minha decisão). Os dois estavam muito bem e a gente optou por continuar."
Escolha por Maicon e defesa após erros no jogo
"A gente precisava tentar jogar, a gente precisava tentar construir melhor. E a gente sabe que essa opção fica no limite do erro, né? Principalmente os defensores ali. Então... há uma pressão alta na gente, e eu acho que tudo faz parte. Eu acho que, apesar do erro, o Maicon é um jogador muito consistente defensivamente, muito forte na bola aérea. O Fortaleza é uma equipe que machuca muito o adversário com as bolas aéreas. Eu acho que o Maicon foi praticamente perfeito ali nas bolas aéreas. Então, são escolhas. São escolhas que você tem que fazer. Então, você talvez ganhe um cara que constrói melhor, mas você perde um pouco na fase defensiva. E o Maicon nos dá uma segurança defensiva e a gente está tentando evoluir na construção. Então é um processo, acho que tudo faz parte do processo, mas o mais importante é que coletivamente a gente conseguiu suprir as nossas dificuldades, as nossas limitações e conseguir uma classificação."
Chegada de Álvaro com ambiente bom após classificação
"Ele nos agradeceu no vestiário. O Pacheco é um cara muito apaixonado também e acho que sentiu toda essa vibração, essa emoção, o que é o Vasco. Então acho que foi um baita cartão de visita pra ele num jogo desse nível, nessa fase. Ele agradeceu. E agora estamos passando o bastão pra ele. Tenho certeza que ele vai fazer um grande trabalho."
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