Membros da Guarda Nacional Bolivariana, leais ao presidente venezuelano Nicolas Maduro, correm sob uma nuvem de gás lacrimogêneoYuri Cortez / AFP
Por AFP
Publicado 30/04/2019 13:07 | Atualizado 30/04/2019 14:54

Venezuela - A Guarda Nacional venezuelana, aliada a Nicolás Maduro, reprime com força nas ruas da capital do país os movimentos de opositores civis e militares que tentam derrubar o regime chavista, fazendo uso de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.

Imagens transmitidas pela internet mostram blindados atropelando manifestantes.

Ha registro de um militar ferido à bala durante rebelião contra Maduro.

Apesar de o autoproclamado presidente interino Juan Guaidó afirmar que as Forças Armadas estão ao seu lado para derrubar Maduro, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, disse que os militares se "mantém firmes" na defesa da constituição e de "suas autoridades legítimas", acusando os opositores de fomentar o "terror" em vias públicas.

Galeria:

O líder da oposição venezuelana Leopoldo López conseguiu sair hoje da prisão domiciliar com a ajuda de militares que deixaram de apoiar o regime chavista, evidenciando uma divisão nas Forças Armadas do país. López chegou a divulgar uma foto em seu Twitter junto a Guaidó e pediu à população que tomasse as ruas de maneira pacífica. "Fazemos esse chamado a todos para que se somem a esse processo, um processo de unificação das forças armadas com o povo", disse.

Guaidó chegou a convocar partidários às ruas até a queda do presidente venezuelano Nicolás Maduro."O momento é agora! Os 24 estados do país tomaram o caminho: rua sem volta, o futuro é nosso: povo e forças armadas unidas pelo cessar da usurpação", disse.

Opositor Leopoldo Lopez, que estava em prisão domiciliar, divulgou foto Juan Guaidó. Ele disse que foi libertado por soldados AFP photo/ Leopoldo Lopez/ Twitter

Maduro assegura que tem a 'total lealdade' dos chefes militares

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira que conta com a "lealdade total" da liderança militar, depois que um grupo de soldados se rebelou em apoio ao líder da oposição Juan Guaidó.

"Nervos de Aço! Falei com os Comandantes de todos os REDI e ZODI do País, que manifestaram total lealdade ao Povo, à Constituição e à Pátria. Apelo à máxima mobilização popular para garantir a vitória da Paz. Nós vamos ganhar!", afirmou Maduro no Twitter em sua primeira reação à rebelião.

Bolsonaro convoca reunião sobre Venezuela, diz Mourão

O presidente Jair Bolsonaro convocou uma reunião nesta terça-feira com os ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e da Defesa, Fernando Azevedo, para tratar da situação da Venezuela. A informação é do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que também participará do encontro, marcado para as 12h30, no Palácio do Planalto. Segundo Mourão, representantes do GSI e da Defesa vão "passar as informações que eles têm" sobre o assunto.

Autoridades de outros estados se manifestam

Diante da declaração do líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, que convocou população para protesto e disse que grupo de militares se voltaram contra Maduro, algumas autoridades e chefes de Estado começam a se posicionar. Confira os posicionamentos.

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