Publicado 14/05/2021 14:23
A Rússia anunciou, nesta sexta-feira (14), que classificou os Estados Unidos e a República Tcheca como "países hostis", em plena batalha diplomática com o Ocidente.
O decreto governamental foi assinado na quinta-feira, mas publicado nesta sexta no Diário Oficial russo, a poucos dias da primeira reunião entre o secretário de Estado americano, Antony Blinken, e o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov.
Como resultado dessa classificação, a embaixada dos Estados Unidos não poderá empregar nenhum cidadão russo, enquanto a representação diplomática tcheca poderá empregar no máximo 19 trabalhadores locais.
A embaixada dos Estados Unidos já havia anunciado esta semana a suspensão da grande maioria dos serviços consulares devido às sanções russas, que a forçaram a demitir seus funcionários locais e reduzir "seus funcionários em 75%".
O presidente Vladimir Putin ordenou, no final de abril, ao ministério das Relações Exteriores que estabelecesse uma lista de "países hostis" para "proteger os interesses e a segurança" da Rússia.
"Moscou sempre enfatizou sua disposição para o diálogo", disse nesta sexta o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pela agência de notícias TASS.
Ele salientou que apenas estes dois países foram incluídos na lista, enquanto os meios de comunicação russos mencionaram uma dezena de países, incluindo o Reino Unido.
As relações entre os Estados Unidos e a Rússia continuam a se deteriorar em meio a acusações de Washington de interferência nas eleições presidenciais em 2020, espionagem e ataques cibernéticos.
Em abril, o governo de Joe Biden ordenou novas sanções contra entidades ligadas à Rússia, a expulsão de dez diplomatas e a proibição de bancos americanos comprarem títulos da dívida emitidos pela Rússia.
Paralelamente, várias capitais ocidentais aumentaram as expulsões de diplomatas russos nas últimas semanas.
Praga assumiu a liderança desse movimento, depois que o governo tcheco acusou o serviço secreto russo de explodir um depósito de armas. Moscou tomou medidas retaliatórias expulsando diplomatas dos países envolvidos.
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