Publicado 23/05/2021 13:38
Neste sábado, a agência de saúde pública da Inglaterra divulgou um estudo que trata da eficácia das vacinas contra a variante indiana do coronavírus. De acordo com o texto, as vacinas da Pfizer/BioNTech e da AstraZeneca/Oxford dão "altamente efetivas" contra a mutação. O artigo, porém, ainda não foi revisado por outros pesquisadores ou publicado em revista científica. As informações são do G1.
Na prática, o estudo buscou entender o impacto real da vacina na população, levando em consideração o quanto cada imunizante consegue reduzir os casos da doença. Segundo o artigo, duas semanas após a aplicação da segunda dose, a vacina da Pfizer teve uma eficácia de 88% contra casos sintomáticos da covid-19 causados pela variante indiana (B.1.617.2). Já a vacina AstraZeneca, apresentou 60% de eficácia para as mesmas condições.
Para casos da doença ocasionados pela variante britânica do vírus (B.1.1.7), a eficácia é ainda mais alta. O imunizante da Pfizer chega a 93% de proteção duas semanas após a segunda dose, enquanto o da AstraZeneca alcança 66% de proteção. As duas estimativas tiveram casos sintomáticos como base.
Primeira dose
De acordo com o estudo, após a primeira dose os imunizantes também já apresentam resposta. As duas vacinas registraram eficácia de 33% contra a variante indiana e 50% contra a mutação britânica, também em casos sintomáticos.
Para os pesquisadores, a diferença no percentual de eficácia dos imunizantes pode ser explicado pelo fato do início da aplicação da segunda dose da AstraZeneca só começou após o da Pfizer. Eles reforçaram, ainda, que outros dados mostraram que a vacina da Astrazeneca leva mais tempo para atingir sua proteção máxima contra o vírus.
No artigo, os cientistas pontuam também que essa eficiência deve ser ainda maior contra hospitalização e morte pela covid-19, como é com outras variantes.
"Esperamos que as vacinas sejam ainda mais efetivas na prevenção de hospitalização e morte, por isso é vital receber ambas as doses para obter proteção máxima contra todas as variantes existentes e emergentes", afirmou a chefe de imunização da agência de saúde pública da Inglaterra e autora sênior do estudo, Mary Ramsay.
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