Publicado 27/07/2021 12:25 | Atualizado 27/07/2021 12:26
O governo argentino chegou a um acordo com o laboratório americano Pfizer para o fornecimento de 20 milhões de doses de sua vacina contra a covid-19 durante 2021, informou nesta terça-feira (27) a ministra da Saúde, Carla Vizzotti.
"Ontem (segunda-feira) assinei um acordo vinculante com o laboratório Pfizer por 20 milhões de doses de vacinas durante 2021", anunciou Vizzotti em coletiva de imprensa.
O acordo foi alcançado após meses de reuniões e depois de um decreto presidencial específico para destravar as negociações que ficaram estagnadas, apesar de a Argentina ter participado com voluntários nos ensaios de fase 3 da vacina do laboratório americano.
Sobre a chegada das vacinas, a ministra afirmou que ainda é preciso fechar algumas "questões logísticas e, a partir disso, o tempo de envio e de chegada das doses".
A funcionária destacou que a Pfizer "tem uma importante autorização para aplicar (a vacina) em adolescentes de entre 12 e 17 anos", faixa etária na qual a Argentina deseja avançar.
Para isso, também conta com 3,5 milhões de doses da vacina Moderna doadas pelo governo dos Estados Unidos e cujo uso está aguardando autorização na Argentina.
Vizzotti também informou que na segunda-feira o país assinou um contrato para receber 5,4 milhões de doses da vacina do laboratório chinês Cansino, cuja primeira entrega de 200.000 doses é esperada para os próximos dias.
A Argentina tem acordos com o laboratório russo Gamaleya para a entrega da Sputnik V; com a Universidade de Oxford, associada à farmacêutica AstraZeneca; com o Serum Institute da Índia, para a Covishield; e com o Beijing Institut, para a Sinopharm.
A ministra afirmou que a Argentina já recebeu 42 milhões de doses de vacinas.
Segundo a última contagem oficial, 24,09 milhões de pessoas receberam pelo menos a primeira dose, das quais 6,13 milhões já foram completamente imunizadas com as duas doses necessárias.
Os atrasos na entrega do segundo componente da vacina Sputnik V geraram uma reclamação do governo argentino à Federação Russa e o início de estudos de trocas de vacinas que estão em andamento.
"Temos dois centros que estão adiantados a esse respeito e esperamos ter novidades nas próximas semanas", disse.
Vizzotti também destacou uma melhoria na situação epidemiológica.
"Tivemos nove semanas consecutivas de redução dos casos e sete de redução das mortes", afirmou, embora tenha destacado que a média de casos diários é de 12.000.
"Ainda temos que continuar diminuindo a quantidade de casos, internados e mortes", enfatizou.
A Argentina acumula 104.105 mortes de coronavírus, sobre um total de 4.859.170 casos.
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