Publicado 29/09/2022 12:27 | Atualizado 29/09/2022 13:15
O certificado de óbito da rainha Elizabeth II divulgado nesta quinta-feira, 29, mostra que a causa da morte da monarca foi registrada como "velhice". O documento, publicado pelos Arquivos Nacionais da Escócia, aponta que a soberana morreu às 15h10 (11h10 no horário de Brasília), no dia 8 de setembro, no Castelo Balmoral, aos 96 anos. A morte só foi confirmada publicamente depois das 14h.
Ainda segundo o documento, quem comunicou oficialmente o falecimento de Elizabeth II, foi a princesa Anne, filha da monarca. No mesmo dia, médicos expressaram preocupação com a saúde da rainha, afirmando que a britânica deveria permanecer sob supervisão médica.
A soberana com o reinado mais longo do Reino Unido sofria de "problemas de mobilidade episódicos" desde o final do ano passado, de acordo com o Palácio de Buckingham.
Funeral
Ícone de uma era, Elizabeth II, que faleceu após um reinado de 70 anos, foi enterrada no dia 19 de setembro em Windsor, onde entrou na cripta real onde repousam seus pais e marido após seu imponente funeral de Estado.
"A rainha foi enterrada junto do duque de Edimburgo, na capela do memorial do rei George VI", em uma cerimônia privada reservada aos familiares mais próximos, anunciou a família real britânica em nota difundida em seu site oficial.
"A rainha foi enterrada junto do duque de Edimburgo, na capela do memorial do rei George VI", em uma cerimônia privada reservada aos familiares mais próximos, anunciou a família real britânica em nota difundida em seu site oficial.
Milhares de pessoas se reuniram na grande avenida que leva ao Castelo de Windsor para ver a chegada do caixão da rainha em Windsor, transportado cerca de 40 km em um carro funerário da capital britânica.
O carro fúnebre chegou coberto com as flores jogadas pela multidão durante sua viagem de Londres, onde Elizabeth II havia sido homenageada em um funeral de Estado na Abadia de Westminster.
Nele, o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, líder espiritual da Igreja Anglicana, elogiou a vida da rainha, dedicada durante sete décadas a seu povo.
O carro fúnebre chegou coberto com as flores jogadas pela multidão durante sua viagem de Londres, onde Elizabeth II havia sido homenageada em um funeral de Estado na Abadia de Westminster.
Nele, o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, líder espiritual da Igreja Anglicana, elogiou a vida da rainha, dedicada durante sete décadas a seu povo.
O Coral da Abadia de Westminster e o Coral da Capela Real entoavam seus cânticos para os quase 2.000 participantes, incluindo centenas de governantes e monarcas do mundo, do presidente americano Joe Biden ao brasileiro Jair Bolsonaro, passando pelo rei da Espanha, Felipe VI, ao imperador do Japão, Naruhito.
Na parte final da cerimônia, todo o país respeitou dois minutos de silêncio, das ruas aos parques, incluindo os pubs, onde muitos acompanharam a cerimônia pela televisão.
O funeral de Estado terminou com o hino nacional, "Deus salve o Rei", cantado em homenagem ao novo monarca Charles III.
Na parte final da cerimônia, todo o país respeitou dois minutos de silêncio, das ruas aos parques, incluindo os pubs, onde muitos acompanharam a cerimônia pela televisão.
O funeral de Estado terminou com o hino nacional, "Deus salve o Rei", cantado em homenagem ao novo monarca Charles III.
Reinado
A Rainha Elizabeth II ascendeu ao trono aos 25 anos, após a morte do pai na madrugada de 6 de fevereiro de 1952. A cerimônia de coroação ocorreu em junho do ano seguinte. Em setembro de 2015, ela já havia marcado a história como a monarca britânica com o reinado mais longo, superando a tataravó, a rainha Vitória.
A monarca foi a rainha da Grã-Bretanha e de mais de uma dúzia de outros países desde 1952. No início deste ano comemorou seu 70º aniversário no trono. Elizabeth II também foi a monarca mais velha do mundo.
Ela conheceu 15 primeiros-ministros, de Winston Churchill à atual Liz Truss, a primeira mulher eleita ministra Margaret Thatcher, assim como figuras históricas que incluem o soviético Nikita Khrushchev, a madre Teresa de Calcutá e o sul-africano Nelson Mandela.
Ela ultrapassou em um dia o rei da Tailândia Bhumibol Adulyadej, que morreu, aos 88 anos, em 2016. A soberana do Reino Unido perdeu apenas para Luís XIV da França, que se tornou rei aos 4 anos de idade. Ele ocupou o trono por 72 anos, de 1643 a 1715, apesar de ter começado a governar oficialmente apenas aos 20 anos, em 1661.
Com problemas de mobilidade e recomendação de repouso desde que passou alguns dias internada em outubro de 2021, a rainha começou a restringir a participação em compromissos oficiais, sendo representada por outros membros da família real, como o filho, antes príncipe Charles, segundo na linha de sucessão ao trono e agora proclamado rei Charles II.
Em abril de 2021, a monarca sofreu uma grande perda, com a morte do marido, o príncipe Philip, Duque de Edimburgo, com quem foi casada por 74 anos. Há menos de um mês do seu falecimento, o marido da rainha Elizabeth II havia recebido alta depois de quatro semanas internado para tratar uma infecção e fazer um procedimento cardíaco. Foi a última vez em que Philip foi visto em público.
Após a morte de Elizabeth II, quem ocupa o cargo de única rainha da Europa e monarca com mais tempo de reinado do continente é a rainha da Dinamarca Margrethe II. A soberana, de 82 anos, está no trono desde 14 de janeiro de 1972. No mundo, apenas o sultão de Brunei supera em quatro anos de reinado.
*Com informações da agência de notícias AFP
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