Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro Marcelo Camargo/Agência Brasil
A sentença diz que em agosto de 2019 o Novo Banco recusou pedidos de saque feitos pelas instituições da Venezuela, alegando que não poderia determinar a legitimidade dos titulares, ou seja, que não poderia determinar se as contas eram do Governo Maduro ou de Guaidó.
Além disso, o banco também teria se negado a fazer os pedidos de saque, alegando “a situação política da Venezuela e a aplicação de sanções internacionais a entidades públicas venezuelanas, como as ordens executivas emitidas pelo presidente dos EUA" como motivo.
Em 2021, durante a pandemia de Covid-19, as Nações Unidas pediram que entidades financeiras e governos liberassem recursos venezuelanos bloqueados, para que o país pudesse atender à população em meio à emergência sanitária causada pela doença em todo o mundo. Diante disso, o Novo Banco levou o caso à Justiça portuguesa, que só agora decidiu favoravelmente ao país latino.
O ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, usou suas redes sociais para dizer que o desbloqueio dos recursos é resultado de “um longo trabalho e, sobretudo, da resistência do povo venezuelano e do governo de Nicolás Maduro que não se deixam vencer pelas ameaças do imperialismo e do golpismo entreguista".
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