Em nota, eles criticam a postura 'agressiva e perigosa' do governo chinês em atividades no Mar do Sul Reprodução
EUA, Japão e Coreia do Sul fortalecem alianças para lidar com China e Rússia
Em nota, eles criticam a postura 'agressiva e perigosa' do governo chinês em atividades no Mar do Sul
Os Estados Unidos, o Japão e a Coreia do Sul se comprometeram a fortalecer a região do Indo-Pacífico, apontando preocupações com a presença marítima militar da China, e a reduzir dependência energética da Rússia. As declarações constam em comunicado trilateral conjunto, lançado nesta tarde após reunião entre o presidente americano Joe Biden, o presidente sul coreano Yoon Suk-yeol e o premiê japonês Fumio Kishida, em Camp David, enquanto os líderes concedem entrevista coletiva.
Em nota, eles criticam a postura "agressiva e perigosa" do governo chinês em atividades no Mar do Sul da China classificadas por eles como ilegais, como militarização, uso perigoso da guarda costeira e navios de milícia marítima, além de pescas não reguladas. "Contrariamos firmemente qualquer tentativa unilateral de alteração nas águas do Indo-Pacífico", ressaltaram. No entanto, os líderes reafirmaram suas posições sobre Taiwan e pediram por uma "resolução pacífica" das questões envolvendo o estreito.
Os três países também reafirmaram seu comprometimento com a eliminação completa do programa nuclear da Coreia do Norte, de acordo com resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU), e demonstraram preocupações com atividades cibernéticas do país. "O Japão, a Coreia do Sul e os Estados Unidos continuam empenhados em restabelecer o diálogo com a Coreia do Norte sem precondições", afirmaram, em nota.
Sobre a Rússia, o comunicado informa que todos os países estão "unidos em suporte à Ucrânia", reafirmando seu comprometimento com o país e anunciando que continuarão oferecendo assistência por meio da imposição de sanções robustas e coordenadas sobre a Rússia, além de reduzir a dependência da energia russa.
Entre medidas econômicas, o compromisso principal dos países é cooperar trilateralmente na resiliência da cadeia de oferta, em especial sobre semicondutores, baterias, minerais críticos, inteligência artificial (IA), entre outros.
Os líderes concordaram em implementar reuniões trilaterais para discutir de forma contínua ações em comum relacionadas à segurança nacional, comércio, entre outras, com o próximo encontro previsto para outubro deste ano. A nota reiterou ainda que os líderes apoiam a liderança da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean, na sigla em inglês) na região e pretendem trabalhar em conjunto para implementar projetos dos países-membros no indo-pacífico.
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