Momento em que um bombeiro trabalha no combate às chamas do edifício que foi incendiadoMichele Spatari/AFP
O prédio de cinco andares fica no centro da cidade e era utilizado como uma ocupação irregular. De acordo com a imprensa sul-africana, o governo considerava o edifício como um imóvel abandonado.
Mulaudzi disse à mídia local que os bombeiros foram alertados sobre o incêndio na madrugada hora local (noite de quarta-feira, 30, no Brasil) e que entre os mortos estava "uma criança que poderia ter entre um e dois anos de idade".
"O número [de mortos] pode aumentar, pois a busca e o resgate ainda estão em andamento", afirmou Mulaudzi.
O interior do edifício era na verdade "uma ocupação irregular", onde barracos e outras estruturas foram erguidos e as pessoas foram amontoadas em quartos, disse ele. Havia "obstruções" em todos os lugares que teriam dificultado muito a fuga dos residentes e que dificultaram as equipes de emergência que tentavam trabalhar no local, segundo Mulaudzi.
Sete crianças estão entre os mortos. A vítima mais jovem tinha 1 ano, afirmou o porta-voz. Os feridos foram atendidos e encaminhados para hospitais e centros médicos da região.
Mgcini Tshwaku, membro do comitê municipal da cidade responsável pela segurança pública, apontou como causa provável o uso de velas para iluminar o interior do edifício.
"Dentro do prédio havia um portão (de segurança) que estava fechado, para que as pessoas não conseguissem sair", segundo Tshwaku. "Muitos corpos carbonizados foram encontrados amontoados neste portão", afirmou.
A ocupação ilegal de prédios abandonados é comum no centro de Johannesburgo, onde muitos imóveis são controlados por grupos criminosos que cobram aluguel dos ocupantes. Johannesburgo é a maior cidade da África do Sul, com população estimada em cerca de 6 milhões de habitantes.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.