Publicado 25/03/2024 09:41 | Atualizado 25/03/2024 09:48
O Kremlin afirmou nesta segunda-feira, 25, que não comentará a reivindicação do grupo extremista Estado Islâmico (EI) do atentado contra uma casa de shows de Moscou, que deixou 137 mortos e 182 feridos, durante o prosseguimento da investigação.
"A investigação está em curso e a administração presidencial cometeria um erro se fizesse comentários sobre o andamento da investigação. Não o faremos", afirmou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, que também se negou a comentar as acusações de tortura dos suspeitos do ataque.
O massacre de sexta-feira, 22, deixou pelo menos 137 mortos em uma casa de shows da periferia de Moscou. Este foi o ataque com o maior número de vítimas em território europeu reivindicado pelo EI.
As autoridades russas não mencionaram até o momento a reivindicação do grupo extremista. Os serviços de segurança e o presidente Vladimir Putin apontaram um suposto vínculo dos criminosos com a Ucrânia, sem apresentar provas.
Kiev, que enfrenta a ofensiva russa há mais de dois anos, nega com veemência qualquer envolvimento no atentado. O governo dos Estados Unidos também rejeita a versão do presidente russo.
Peskov não comentou as acusações de tortura contra os suspeitos detidos, que surgiram após a publicação de vídeos nas redes sociais e imagens nas quais três dos quatro detidos aparecem com os rostos ensanguentados.
"Vou deixar esta pergunta sem resposta", declarou o porta-voz da presidência russa ao ser questionado pelos repórteres.
Outro vídeo, divulgado na internet e do qual não foi possível confirmar a autenticidade, mostra uma pessoa fora da tela cortando a orelha de um dos suspeitos do ataque.
Na audiência dos suspeitos em um tribunal no domingo à noite, um deles estava com um curativo branco na orelha e outro chegou em uma cadeira de rodas com os olhos fechados.
As autoridades anunciaram a detenção de 11 pessoas, incluindo os quatro supostos responsáveis pelo ataque. Mas o perfil dos demais detentos não foi revelado até o momento.
Peskov também não revelou mais detalhes sobre os demais sete detidos e voltou a citar o argumento da investigação em curso. Ele disse apenas que, no momento, Putin não planeja visitar o Crocus City Hall, o local do atentado.
"A investigação está em curso e a administração presidencial cometeria um erro se fizesse comentários sobre o andamento da investigação. Não o faremos", afirmou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, que também se negou a comentar as acusações de tortura dos suspeitos do ataque.
O massacre de sexta-feira, 22, deixou pelo menos 137 mortos em uma casa de shows da periferia de Moscou. Este foi o ataque com o maior número de vítimas em território europeu reivindicado pelo EI.
As autoridades russas não mencionaram até o momento a reivindicação do grupo extremista. Os serviços de segurança e o presidente Vladimir Putin apontaram um suposto vínculo dos criminosos com a Ucrânia, sem apresentar provas.
Kiev, que enfrenta a ofensiva russa há mais de dois anos, nega com veemência qualquer envolvimento no atentado. O governo dos Estados Unidos também rejeita a versão do presidente russo.
Peskov não comentou as acusações de tortura contra os suspeitos detidos, que surgiram após a publicação de vídeos nas redes sociais e imagens nas quais três dos quatro detidos aparecem com os rostos ensanguentados.
"Vou deixar esta pergunta sem resposta", declarou o porta-voz da presidência russa ao ser questionado pelos repórteres.
Outro vídeo, divulgado na internet e do qual não foi possível confirmar a autenticidade, mostra uma pessoa fora da tela cortando a orelha de um dos suspeitos do ataque.
Na audiência dos suspeitos em um tribunal no domingo à noite, um deles estava com um curativo branco na orelha e outro chegou em uma cadeira de rodas com os olhos fechados.
As autoridades anunciaram a detenção de 11 pessoas, incluindo os quatro supostos responsáveis pelo ataque. Mas o perfil dos demais detentos não foi revelado até o momento.
Peskov também não revelou mais detalhes sobre os demais sete detidos e voltou a citar o argumento da investigação em curso. Ele disse apenas que, no momento, Putin não planeja visitar o Crocus City Hall, o local do atentado.
Uma das figuras da oposição russa no exílio, Leonid Volkov, denunciou a tentativa dos serviços de segurança russos de "desviar a atenção da [sua] impotência e do [seu] fracasso" ao exibir estes vídeos.
Revés para Putin
Revés para Putin
Os quatro indivíduos foram colocados em prisão preventiva na noite de domingo, até 22 de maio, enquanto aguardam julgamento, cuja data ainda não foi decidida. Acusados de "terrorismo", enfrentam penas de prisão perpétua.
Altos funcionários do entorno de Putin pediram nas últimas horas que a moratória sobre a pena de morte para "terroristas" fosse levantada.
O ataque, ocorrido poucos dias após a reeleição de Putin e em meio a promessas de segurança à população após a intensificação dos ataques ucranianos em solo russo, representa um severo revés para o presidente.
O ataque relembra outros atos terroristas durante os primeiros anos de Putin no poder, tendo como pano de fundo a guerra na Chechênia: a tomada de reféns no teatro moscovita de Dubrovka, em 2002, e a tragédia na escola de Beslan, dois anos depois.
A luta contra o terrorismo "precisa de plena cooperação internacional", disse Peskov nesta segunda-feira, mas essa colaboração "não existe".
O presidente francês, Emmanuel Macron, garantiu que propôs mais cooperação à Rússia nesta questão, mas pediu para não "instrumentalizar" o ataque a Moscou. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, também pediu que não fosse usado "como pretexto para uma escalada de violência e agressão".
Altos funcionários do entorno de Putin pediram nas últimas horas que a moratória sobre a pena de morte para "terroristas" fosse levantada.
O ataque, ocorrido poucos dias após a reeleição de Putin e em meio a promessas de segurança à população após a intensificação dos ataques ucranianos em solo russo, representa um severo revés para o presidente.
O ataque relembra outros atos terroristas durante os primeiros anos de Putin no poder, tendo como pano de fundo a guerra na Chechênia: a tomada de reféns no teatro moscovita de Dubrovka, em 2002, e a tragédia na escola de Beslan, dois anos depois.
A luta contra o terrorismo "precisa de plena cooperação internacional", disse Peskov nesta segunda-feira, mas essa colaboração "não existe".
O presidente francês, Emmanuel Macron, garantiu que propôs mais cooperação à Rússia nesta questão, mas pediu para não "instrumentalizar" o ataque a Moscou. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, também pediu que não fosse usado "como pretexto para uma escalada de violência e agressão".
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