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O Google destruirá os dados de milhões de usuários coletados durante a navegação na web, após um acordo alcançado nesta segunda-feira (1º) para encerrar uma disputa sobre confidencialidade de informações pessoais.
A ação coletiva apresentada em 2020 mencionava o modo "anônimo" disponível no Chrome, o navegador do Google, que dá aos usuários a impressão de que não estão sendo monitorados pelo gigante das buscas on-line, mas sim estão, segundo os querelantes.
Eles acusam o Google de tê-los induzido a erro sobre a forma na qual o Chrome se comportava com os usuários que utilizavam esta opção de navegação privada.
"Os esforços dos querelantes permitiram obter confissões-chave de parte dos funcionários do Google, incluindo documentos que descrevem a navegação anônima como 'uma mentira na prática', um 'problema de ética profissional e de honestidade elemental'", relataram os advogados no acordo apresentado nesta segunda perante um tribunal de San Francisco.
"Este acordo é um passo histórico ao requerer que empresas tecnológicas dominantes sejam honestas com a informação oferecida aos usuários sobre como coletam e utilizam seus dados", disse o advogado David Boies em um documento judicial.
O Google se comprometeu a reformular "imediatamente" a informação que aparece no modo "anônimo" para "notificar aos usuários que coleta informação sobre dados de navegação privada".
O acordo não prevê indenizações econômicas, mas deixa as portas abertas aos usuários do Chrome para iniciarem ações contra o Google se assim desejarem.