Na reta final, aumentam temores de possível surto de violência caso Trump perca e se recuse a reconhecer sua derrotaAFP
Os norte-americanos estão acostumados a surpresas nesta campanha, mas a da noite de sábado, 2, à noite foi engraçada. No lendário programa "Saturday Night Live", a vice-presidente e candidata democrata sentou-se frente a frente com a comediante que a interpreta, Maya Rudolph, em uma penteadeira, como se estivessem se olhando no espelho. "Vou votar em nós!", disse. "Ótimo", ela respondeu.
A expectativa é grande na disputa pela Casa Branca entre Harris, de 60 anos, e o ex-presidente republicano, 78, duas opções ideológicas opostas. Ela o chama de "fascista". Ele faz o mesmo e a chama de "marxista" e "comunista".
Para além do discurso eleitoral, ela fez uma campanha focada no centro e ele é o orgulhoso líder do movimento "Make America Great Again", conhecido pela sigla em inglês MAGA.
A ex-procuradora apostará tudo no Michigan, região do centro-oeste dos Estados Unidos marcada pelo declínio industrial.
Pelo menos 75 milhões de pessoas já votaram nestas eleições inusitadas, com um presidente, Joe Biden, que desistiu da corrida em julho devido à pressão de seu partido e duas tentativas de assassinato contra Trump.
'Muito perigoso'
A ex-procuradora pede que "virem a página" de Trump, "uma pessoa instável, obcecada pela vingança, consumida pelo ressentimento e em busca de poder descontrolado", nas suas palavras.
"Se Donald Trump for eleito, assumirá o cargo com uma lista de inimigos, eu entrarei com uma lista de tarefas", repetiu desde terça-feira. O milionário a acusa de ter "QI baixo" e de ser "incompetente".
Sua oposição ao politicamente correto e a sua retórica anti-imigrante têm sido o centro da campanha do republicano.
'Invasão sem farda'
"Eu diria que eles são provavelmente muito mais violentos, muito mais implacáveis e colocaremos esses criminosos sedentos de sangue na prisão ou os expulsaremos do nosso país".
Na reta final, aumentam os temores de um possível surto de violência caso Trump perca e se recuse a reconhecer sua derrota, como fez em 2020.
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